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Mercado de franquias em MT cresce 9% em 2022 e supera R$4,26 bi, segundo ABF

Segmento de moda ganha destaque no Estado com franquias de marcas mato-grossenses

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Mercado de franquias em MT cresce 9% em 2022 e supera R$4,26 bi, segundo ABF
(Foto: reprodução)

O mercado de franquias em Mato Grosso faturou mais de R$4,26 bilhões e cresceu mais de 9% em 2022, conforme balanço divulgado pela Associação Brasileira de Franchising (ABF). No comparativo com o ano anterior, o setor ainda registrou um crescimento de 15,3% em número de unidades, totalizando 3.910, e empregou quase 32 mil pessoas, o que representa um aumento de 17,56% na quantidade de vagas diretas.

Um dos destaques no mercado de franquias no Estado é o segmento de moda, que cresceu cerca de 27,9% e faturou quase R$517 milhões em 2022, além de contabilizar 570 unidades e gerar 4.257 empregos diretos. Engana-se quem pensa que apenas o modelo de negócio de grandes franqueadores nacionais contribuíram para o avanço deste cenário. Marcas mato-grossenses se tornam, cada vez mais, opções atrativas para investidores.

É o caso da Casa Prado, empresa varejista de moda fundada em 1955, que atua há cinco anos como franqueadora. “Tornar a Casa Prado em franquia foi um caminho natural de expansão. Desta forma, temos parceiros estratégicos, franqueados/investidores, em cidades em que teríamos mais dificuldade para chegar operando a marca no início. Com eles, há uma abertura maior. Estão inseridos no mercado”, afirma Geraldo José do Prado, CEO da Casa Prado.

Geraldo ressalta que toda franquia deve ser bem analisada e estruturada. “Fizemos uma consulta em 2014 para criar um modelo, mas optamos por adiar um pouco – melhorar processos e fortalecer a marca. Retomamos o projeto em 2017, com análise de viabilidade /expansão/retorno e estudo de franqueabilidade. Em 2018, quando iniciamos, já tínhamos processos padronizados, manual e a Circular de Oferta de Franquia (COF), entre outros”.

Segundo o CEO da Casa Prado, os pilares da franquia são desafiadores. “Temos muito a evoluir, mas já avançamos bastante na transferência de cultura, know-how, suporte, showroom, rotinas, gestão de produtos e, até mesmo, saber escolher o franqueado, que é 50% responsável pelo sucesso do negócio. Chegamos a quatro cidades e dois Estados: Sinop (2018), Sorriso (2021), Primavera do Leste (2022) e Manaus (2023). Aliás, a visão de registrar a marca anos atrás que nos permitiu montar linha própria (2010) e a franquia em si”.

Registro de marca

Para se tornar uma franquia é necessário, antes de tudo, ter a marca registrada no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). “A franquia costuma ser uma opção segura de investimento para quem quer empreender. O que muitos esquecem é que o seu próprio negócio pode vir a ser o modelo pronto de alguém no futuro. O primeiro passo para se tornar uma franquia é o registro no INPI”, pondera Cristhiane Athayde, diretora da Domínio Marcas e Patentes, que atua há quase 18 anos no ramo.

Cristhiane explica que franquias só podem ser comercializadas após o registro. “Para se tornar um franqueador, entretanto, exige-se, ao menos, que o pedido de registro tenha sido protocolado no INPI. A questão é que o registro garante a proteção e o uso devidamente legal da marca. Ele também assegura, por exemplo, que o franqueador não deixe de receber royalties e seja ‘forçado’ a permitir que ex-franqueados operem após a cessão do contrato ou que outras empresas comercializem seus produtos”, ressalta.

Vale destacar que, em nível nacional, a ABF prevê para as franquias em 2023 um cenário otimista, com crescimento entre 9,5% e 12% no faturamento, 10% em unidades, 4% em redes e 10% no número de empregados diretos do setor.

(Da Assessoria)

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