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Médica acusada de morte de prefeito mentiu ser formada na USP, diz MP

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Médica acusada de morte de prefeito mentiu ser formada na USP, diz MP
Colniza homicido de prefeito

A médica Yana Fois Coelho Alvarenga é acusada pelo Ministério Público de Mato Grosso por ter feito uso de documento falso. Yana teria entregado um falso certificado de residência médica da Universidade de São Paulo (USP) para poder ser contratada pelo hospital Hospital André Maggi, no município de Colniza.

Ela é mulher do empresário Antônio Pereira Rodrigues, apontado como mandante do homicídio do prefeito de Colniza, Esvandir Antonio Mendes, que foi assassinado no dia 15 de dezembro de 2017. Yana também é acusada de participação no homicídio.

Segundo a denúncia encaminhada pelo MP ao juízo da Vara Única da Comarca de Aripuanã, a médica entregou o documento falso em 2015, mas as investigações policiais levaram à conclusão de que a USP não possui nenhum registro de que Yana tenha feito residência na universidade.

Além da suposta falsa residência, Yana também foi acusada de mentir sobre sua especialização. Ela dizia que era pediatra. No entanto, ao ser interrogada pela polícia, admitiu que o título era falso e que, apesar disso, assinava como tal em todos os lugares onde trabalhou, inclusive no Hospital Municipal de Colniza.

O caso

Yana Fois Coelho Alvarenga foi presa no dia 24 de dezembro, sob a acusação de ter emprestado o próprio carro para que os três suspeitos da morte do prefeito pudessem fugir. Atualmente a médica está detida na penitenciária feminina Ana Maria do Couto May, em Cuiabá.

O marido de Yana, Antônio Pereira Rodrigues Neto, é morador de Colniza e, segundo o MP, arregimentou dois comparsas oriundos do Pará para o crime. Antonio é apontado como o mandante e também participou da execução do prefeito. Tanto ele quanto Zenilton Xavier de Almeida e Welisson Brito Silva foram presos em uma estrada entre os municípios de Juruena e Castanheira (880 e 735 km a Noroeste da Capital) durante uma tentativa de fuga. 

Ele foi alvejado enquanto dirigia o seu carro na Avenida 7 de Setembro, região central da cidade. Esvandir perdeu o controle do veículo após ser baleado, bateu o carro e não conseguiu resistir aos ferimentos.

Ele foi perseguido por cerca de 13 quilômetros quando voltava de Cuiabá, até que os assassinos conseguiram alvejá-lo. O prefeito estava acompanhado da primeira-dama e do secretário municipal de turismo, que foi também foi baleado, levado ao hospital, mas se recuperou.

Há cerca de seis meses o vereador Elpídio Meira também foi morto e o crime até hoje não foi esclarecido. O município também foi palco de uma chacina que dizimou a vida de 9 posseiros de uma região conhecida como Linha 15, no Distrito de Guariba.

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