O governador Mauro Mendes pediu o perdão político às pessoas que invadiram os prédios dos três poderes em janeiro de 2023. Ele disse que os manifestantes foram presos por seus erros, mas já estão “pagando caro”. E o presidente Lula deveria apoiar a tese de anistia.
“Temos que pacificar o país, sair dessa agenda de A contra B, B contra C. O presidente Lula deveria ser o primeiro a levantar essa bandeira. Vamos botar um ponto final nesse 8 de janeiro. Seria a demonstração do que o próprio Lula já falou, governar sem olhar para trás”, disse ele em entrevista ao site Poder360.
Na semana passada, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes mandou prender mais de 200 envolvidos nas invasões e depredações do Congresso, do Palácio do Planalto e do próprio STF.
Outras pessoas estão presas há um ano e meio à espera de decisão judicial. A maioria tem sido condenada e sentenciada a penas duras, com mínimo de 3 anos de prisão, mais o pagamento parcial de multa milionária.
Recentemente, Mauro Mendes disse que considera as penas um exagero. O país tem casos de políticos investigados por crimes graves, contudo, eles estão em liberdade. Agora, ele chamou o processo de “inquisição”.
“Na prática [o perdão político], é defender o fim da inquisição. As condenações estão corretas, mas com dosimetria errada. O tratamento que foi dado àquelas pessoas não é dado a nenhum desses bandidos, como traficantes, assassinos”, comentou.