Política

Mauro sugere a Haddad que reforma tributária prolongue incentivo para indústrias

Governador diz que setor precisa de auxílio maior em regiões longe do centro econômico, para conseguirem se manter

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Mauro sugere a Haddad que reforma tributária prolongue incentivo para indústrias
(Foto: Lucas Rodrigues/Secom-MT)

O governador Mauro Mendes sugeriu ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que inclua no texto da reforma tributária uma regra para manter incentivo fiscal às indústrias nas regiões afastadas do grande centro econômico do país.

Segundo Mauro, o fim dos benefícios, previsto na mudança de regras de impostos, causará prejuízo econômico e, em consequência, desindustrialização e desemprego. A preocupação principal é com as regiões centro-oeste e norte.

“As indústrias dessas regiões precisam de apoio para se manter, pois há logística pior, energia mais cara, mão de obra menos qualificada, distância dos portos e dos locais de consumo. Sem nenhum incentivo, essas indústrias vão migrar para o sul e sudeste, e isso vai trazer grandes prejuízos econômicos e desemprego. Será uma desindustrialização em massa”, disse.

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Mauro fez hoje (20) uma reunião com o ministro Fernando Haddad. A conversa antecede em dias o envio do texto da reforma tributária para o Congresso. A previsão é que ele seja apresentado ainda nesta semana.

A sugestão do governador é que a Fazenda inclua no texto a possibilidade de crédito outorgado de 5% para as indústrias. O incentivo já existe hoje em Mato Grosso, é concedido a empresas com atividades nos ramos de atacado ou varejo, que não recebam qualquer outro tipo de benefício.

O governador diz que a manutenção do crédito é uma forma de reduzir o impacto que a reforma tributária causará no sistema de arrecadação e de desenvolvimento econômico no centro-oeste, norte e nordeste.

“O sistema atual precisa morrer lentamente, para não causar profundas alterações para os estados e para as empresas, pois houve um esforço de três décadas para industrializar essas regiões”, afirmou.

Mauro Mendes também defende que a transição do sistema tributário atual para o próximo tenha mais tempo. A sugestão dele é que estados e municípios possam fazer a mudança ao longo de 9 anos, até 2032.

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