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Mauro Mendes cobra compromisso de países na compensação por preservação da Amazônia

Em discurso na COP-27, governador disse que o Brasil precisa ser respeitado como produtor e que pressão de embargado é "bagatela"

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Mauro Mendes cobra compromisso de países na compensação por preservação da Amazônia
(Foto: Reprodução/Secom-MT)

O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes, pediu compromisso dos países financiadores do crédito de carbono com a compensação aos estados que têm reduzido a emissão dos gases de efeito estufa, provocadores da elevação da temperatura. 

Em discurso com tom duro na COP-27, em realização no Egito, Mauro Mendes disse nesta segunda-feira (14) que os países dispostos a pagar pela redução dos gases têm dispensado “migalhas” financeiras e distorcido os episódios de fogo na floresta amazônica. 

“Nós temos que levar mais a sério o que estamos fazendo aqui nesta conferência e em todas que antecederam. No acordo de Paris de sete anos atrás, os países fizeram compromisso de aportar importantes recursos para ajudar os países em desenvolvimento a mudar as suas práticas e a colaborar com esse esforço mundial”, disse. 

“Mas, muito mais que o dinheiro deles, nós queremos o respeito como povo, como brasileiro, que além de produzir a maior quantidade de exportação para o mundo, nós temos grandes ativos ambientais. Não admitimos sermos tratados como patinho feito”, completou. 

O discurso de Mauro foi feito durante um painel com o tema voltado para as medidas de financiamento climático, com foco na ajuda internacional na proteção da floresta amazônica. O governador participou como representante do grupo dos estados da Amazônia Legal. 

Mauro Mendes voltou a mencionar dados levantados pelo próprio governo que mostrariam que os Estados Unidos e a China, grandes concorrentes do Brasil no mercado do agronegócio, produzem “menos toneladas de alimentos” com “maior degradação ambiental”. 

“Bagatela” do mercado 

Ele emendou a crítica sobre o financiamento climático a uma crítica à pressão econômica dos países defensores da redução de queimada e desmatamento na Amazônia com embargos à produção do Brasil, e a de Mato Grosso especificamente, para forçar mudança no cenário. 

“Quando o mundo noticia fogo nos Estados Unidos, na China, eles chamam de incêndio florestal; quando é na floresta amazônica é queimada. O primeiro dá conotação de acidente e o segundo de crime. Queremos que parem de nos ameaçar com embargos porque isso é uma grande balela. Sem o Brasil como player no mercado de financiamento, o preço do alimento dobra”, disse.    

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