Alan Diego dos Santos, morador de Comodoro (a 630 km de Cuiabá), prestou depoimento na CPI dos Atos Antidemocráticos, da Câmara Legislativa do Distrito Federal, hoje (29). No depoimento ele afirmou ter sido ameaçado para executar o plano de colocar uma bomba nas proximidades do aeroporto de Brasília – em dezembro de 2022.
O armamento explosivo foi colocado em um caminhão-tanque de combustível, que estava estacionado nas proximidades do Aeroporto Juscelino Kubitschek.
“Precisava colocar para manter minha família em segurança. Eu levei, porque tinha que levar para eu não sofrer represália. Eu tenho medo. Não sei se minha família alguém já morreu, ninguém deixa eu falar com a minha família”, contou.
Segundo Alan, as ameaças partiram de “pessoas de extrema-direita”, mas não a identificou ninguém. Ele ficou com medo de ser morto, caso não executasse o plano.
“Eu já estava sozinho aqui em Brasília. Se a pessoa mostrou pra mim o material e que ia fazer, como eu ia sair depois de ser ameaçado? Eu poderia não querer levar o artefato, eles ‘sumir’ comigo e me matar”, afirmou.
Ao longo do depoimento Alan também afirmou que sente falta da família a qual afirma estar sendo proibido de ter contato.
O mato-grossense confessou ainda o sonho de conhecer Brasília e que por isso aproveitou a caravana até a capital federal. “Eu vim mais para passear. Meu sonho era conhecer Brasília então eu aproveitei a caravana […] eu vim mais pelo turismo”, declarou.
Ele foi condenado a 5 anos de prisão pela tentativa de atentado.
