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Major diz que nunca ofereceu promoção a testemunha dos grampos

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Major diz que nunca ofereceu promoção a testemunha dos grampos

Ednilson Aguiar / O Livre

Major Michel Ferronato

O major Michel Ferronato, preso preventivamente por uma suposta tentativa de obstruir as investigações dos grampos, afirma que nunca ofereceu qualquer vantagem ao tenente-coronel José Henrique Soares. A informação consta no depoimento de Ferronato aos delegados Ana Cristina Feldner e Flávio Henrique Stringueta, que conduziram o caso até a última semana.

De acordo com Soares, que é testemunha do caso, teria sido oferecida uma promoção a coronel para que ele gravasse o desembargador Orlando Perri, então relator dos grampos no Tribunal de Justiça. O plano consistiria na instalação de uma câmera na farda do tenente-coronel para tentar captar conversas que pudessem colocar Perri sob suspeita.

O advogado do major, Carlos Frederick, afirma que solicitou acesso a uma suposta gravação de uma conversa entre Soares e Ferronato, na qual teria sido tratado o assunto da promoção, mas não houve resposta. Para a defesa, o arquivo não existe.

O major Ferronato afirma que manteve contato com o tenente-coronel Soares por causa de uma amizade que os dois mantinham há vários anos. De acordo com o depoimento do major, os dois trabalharam juntos há alguns anos atrás na cidade de Cáceres.

Ferronato foi preso durante na Operação Esdras, da Polícia Judiciária Civil. As investigações apontam para uma tentativa de obstruir as investigações do caso dos grampos telefônicos realizados por militares ligados à cúpula do governo do Estado.

No mesmo dia da prisão do major, também foram presos preventivamente os ex-secretários Paulo Taques, Rogers Jarbas, coronel Airton Benedito Siqueira e coronel Evandro Alexandre Lesco. Todos são acusados de terem participado no plano para tentar afastar o desembargador Perri do caso.

No último dia 11 de outubro, o ministro Mauro Campbell Marques determinou que as investigações prosseguissem no Superior Tribunal de Justiça (STJ), com o objetivo de apurar a possível participação de pessoas com foro privilegiado nos crimes contra deputados, desembargadores, advogados, jornalistas, médicos, membros do Ministério Público e outros.

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