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Júlio Campos defende Bolsonaro como vice de general que quer intervenção militar

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Júlio Campos defende Bolsonaro como vice de general que quer intervenção militar

Ednilson Aguiar/O Livre

Júlio Campos

O ex-governador Julio Campos (DEM) sugeriu que o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) seja candidato a vice-presidente nas próximas eleições, em uma chapa encabeçada pelo general Antônio Hamilton Martins Mourão. 

O general Mourão causou polêmica na semana passada ao pedir intervenção militar no Brasil, durante palestra em uma loja maçônica em Brasília. Afirmou, ainda, que pessoas do Alto Comando do Exército concordam com ele. Com as declarações, ele ganhou a simpatia de eleitores de Bolsonaro, que começaram a debater nas redes sociais a possibilidade de ele ser vice do parlamentar.

“Fernando Collor era o grande mito em 1989, assim como hoje é o Bolsonaro. Ele é novo Collor; é a mesma ilusão que ele está pregando. Se tivesse uma eleição com essa chapa, deveria ser o contrário: Mourão presidente e talvez Bolsonaro vice”, disse Campos, em entrevista ao programa Estúdio Livre, da Band FM.

Porém, na sequência, ele emendou que seu candidato favorito para a Presidência é o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). “O homem mais preparado para governar o Brasil, neste momento, é o Geraldo Alckmin. Um homem de bom senso, equilíbrio, honesto, sério”, elogiou. “Se ele vai ganhar, eu não sei. Porque está surgindo o fenômeno do Bolsonaro, com a força jovem, a vontade de voltar ao militarismo”, analisou.

“Ditadura suave”

Julio Campos, que iniciou sua militância política pouco antes da Ditadura Militar, minimizou os riscos de um novo golpe como o de 1964. “Eu me preocupo muito por essas indecisões. Sem o devido enquadramento, numa perspectiva é perigoso. Não vou dizer que tem facilidade, porque as próprias Forças Armadas se conscientizaram que cumpriram bem sua missão”, disse.

Durante a ditadura, Julio era da Arena, partido que dava suporte ao regime militar. Na entrevista, afirmou que o Brasil “deve muito” às Forças Armadas. “Nos 20 anos de regime militar foram muitos investimentos na área de saúde, educação, infraestrutura e telecomunicações”, disse.

Segundo Júlio Campos, a ditadura militar brasileira foi amena. “Foi um regime duro, mas uma ditadura suave. Porque tinha eleição para vereador, prefeito, deputado estadual e federal e senador. Só não tinha eleição para governador: por uma questão de segurança nacional, resolveram fazer eleição indireta pela Assembleia”, defendeu.

Por outro lado, ele reconheceu a violência, a perseguição política e a censura ocorridas no período. “Houve erros na parte jurídica e institucional. Na severidade com a punição, no desrespeito à Constituição, na prisão de políticos e de pessoas que ideologicamente não compactuavam com o regime militar, de jornalistas e artistas. A censura era terrível. Tudo isso prejudicou”, admitiu.

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