Negócios

Instabilidade econômica acua empresários de eventos em Mato Grosso

Temporada de negócios começou com investimentos até 50% abaixo do que foi patrocinado no ano passado

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Instabilidade econômica acua empresários de eventos em Mato Grosso

Empresários de eventos estão com a mão no freio em Mato Grosso, no começo da temporada de negócios. A insegurança sobre os rumos da economia do país tem feito os investimentos ficarem até pela metade da previsão. 

 Os juros altos e o risco para a autonomia do Banco Central criaram um cenário de insegurança para o setor, e o efeito tem sido uma redução na expectativa de dinheiro em circulação. 

“O investimento do setor privado nos eventos diminuiu. O ano passado foi ótimo, porque estava aquecido, o mercado estava investindo em congressos, feiras. Nesse ano, mudou um pouco. Mudou o governo e as pessoas ainda estão muito inseguras, os investidores estão receosos de investir nesse primeiro quadrimestre”, diz a empresária Alcimar Moretti, presidente Sindieventos de Mato Grosso. 

A janela de negócios para eventos no estado é historicamente aberta em abril. Outros setores da economia começam a movimentar mais dinheiro, e as programações de seminários, feiras e conferência de negócios ganham impulsão. 

Alcimar Moretti diz que existe agenda, mas os patrocínios estão abaixo do que foi investido no ano passado. “Os agentes corporativos estavam pensando em investir R$ 100 mil, mas estão investindo só R$ 60 mil. Um congresso que custaria R$ 350 mil, ele vai custar R$ 250 mil”, explica. 

O motivo para a rédea curta está na instabilidade do mercado. Os juros altos, acima de 13% desde o fim do ano passado, acuam as apostas na expansão das empresas e na contratação de novos serviços, pois o crédito dos bancos está caro. 

Associado aos juros está a disputa política do governo federal pelo controle do Banco Central. Os empresários também estão na dúvida sobre os rumos nos moldes de negócios da instituição financeira. Se ela mantiver a autonomia administrativa, estará mais de olho no mercado. 

Ao contrário, o avanço do governo federal sobre o banco pode dificultar ainda mais o crédito. “O modelo deste governo é do social. Não que os programas sociais não devam receber atenção, mas dificultar a situação para os empresários, para quem produz, só piora”, comenta a empresária. 

O presidente Lula pressionou o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, a diminuir os juros para viabilizar a economia. Mas, a instituição diz que o país ainda não tem um cenário de controle da inflação e de indicativos de que irá manter as contas em dia. 

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