O incêndio na boate Kiss, em Santa Maria, Rio Grande do Sul, que terminou com 242 mortos e mais de 600 feridos, completa quatro anos nesta sexta-feira.
Na madrugada de 27 de janeiro de 2013, centenas de jovens foram intoxicados pela fumaça produzida pela queima de uma espuma acústica iniciada depois de o vocalista da banda que fazia um show ter acendido um artefato pirotécnico dentro do estabelecimento.
Até hoje, ninguém foi condenado, embora tenham sido indiciados pela Polícia os donos da boate – responsáveis por alvarás, licença de funcionamento, vistorias e outros protocolos não cumpridos – e dois músicos da banda Gurizada Fandangueira.
O presidente da Associação dos Familiares das Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AVTSM), Sérgio da Silva, explicou que o Ministério Público do Rio Grande do Sul retirou todos os envolvidos e deixou só quatro indiciados, e que o juiz mandou ir à júri, mas estão soltos e recorreram do pronunciamento da Justiça.
“Quatro pais sendo processados, inclusive eu, mais dois de Santa Maria, um pai de São Paulo, por criticar as ações do Ministério Público. Estamos sendo processados por calúnia e difamação”, afirmou o presidente da AVTSM.
Ele falou da morosidade da Justiça e da petição internacional dirigida à Organização dos Estados Americanos (OEA) que pede a responsabilização do Brasil pela violação dos direitos das famílias das vítimas do incêndio.
(Com Agência Brasil)
