Ednilson Aguiar/O Livre
Os policiais gravaram a tentativa de suborno
Um comerciante foi preso no Bairro Nova Várzea Grande, após tentar subornar os policiais para não ser levado para a delegacia. O caso aconteceu após seu funcionário levar um celular furtado para a loja.
A Polícia Militar foi acionada no fim da manhã desta quarta-feira (20) por um homem que informou que havia rastreado seu celular, furtado na terça-feira (19), e descoberto a localização.
Os policiais realizaram buscas nas proximidades do local indicado pelo rastreador e viram um homem, que parecia ser funcionário de uma das lojas da rua, jogando algo no meio do comércio; em seguida ele entrou em um carro e sumiu.
Os policiais entraram na loja e perguntaram ao dono, de 43 anos, quem era o rapaz. A princípio o proprietário afirmou não o conhecer, mas após um tempo afirmou que o rapaz de 19 anos era seu funcionário e havia sido contratado há três dias.
O dono entrou em contato com o rapaz e pediu que ele retornasse ao comércio, alegando ter um serviço para ser realizado. O jovem voltou e foi indagado a respeito do celular, afirmando tê-lo encontrado em uma agência (local a que a vítima afirmou que o celular foi furtado).
O proprietário da loja chamou um dos policiais que estavam atendendo a ocorrência aos fundos da loja e, segundo o boletim de ocorrência, perguntou o que poderia ser feito para que a equipe “deixasse tudo quieto”.
O soldado da Polícia Militar pediu que o colega filmasse tudo, visto que notou uma má intenção por parte do suspeito.
O LIVRE teve acesso exclusivo ao vídeo em que o suspeito ofereceu R$ 100 para cada um dos policiais, disse que não tinha muito dinheiro no momento, mas poderia transferir em alguma conta e ofereceu inclusive equipamentos do seu estabelecimento.
Os policiais então deram voz de prisão ao suspeito, dizendo: “O senhor está sendo preso por tentativa de suborno, coloca a mão para trás e aguarda. Tentativa de suborno contra a guarnição. Está tudo gravado aqui. Você está achando que nós temos cara para ficar ganhando dinheiro dos outros, pra ficar oferecendo dinheiro?”.
O homem foi preso por corrupção ativa e, seu funcionário, por receptação.
