Há um mês o Pantanal em Mato Grosso está sendo consumido pelas chamas. Um cenário que antes mesmo de completar “aniversário” já era considerado o pior em 22 anos. Até agora, 380 mil hectares já foram atingidos pelo fogo. O equivalente a todo o território de Cuiabá e um pedaço de Várzea Grande (região metropolitana).
Com aproximadamente 3,3 mil quilômetros quadrados, a Capital ocupa uma área de 329 mil hectares.
Fatores como a seca acentuada, a baixa umidade do ar e os ventos fortes colaboraram para esse diagnóstico. Segundo o Corpo de Bombeiros, não há um único foco de incêndio na região. São centenas.
Do total de área por onde o fogo já passou, 47 mil hectares estão dentro da Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN Sesc Pantanal). Uma região que representa 12,3% do espaço atingido pelas chamas.
Os outros 87,7% são a somatória de áreas como a Aldeia Indígena Perigara e a Transpantaneira.
As fazendas São Francisco, São José, Tutu, Cambará, Santa Tereza, Santa Elvira, Paraíso e Beleza também estão entre as atingidas.
Em uma das áreas, o fogo já avançou 100 km desde o ponto em que teve início.
Mas há histórias de sucesso no meio de tanta destruição. A casa de um pantaneiro que vive há 79 anos na região foi preservada durante ação dos bombeiros.
Ação humana
Dados do Ibama/Prevfogo indicam que 98% dos incêndios têm origem em ações humanas, sejam acidentais ou criminosas.
Após sobrevoo na área atingida acompanhado do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, o governador Mauro Mendes (DEM) afirmou que uma tecnologia vai indicar o início dos focos de incêndio no Pantanal e medidas punitivas devem ser aplicadas.
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