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Há quatros anos, Mato Grosso não tem casos de sarampo

O resultado registrado no estado fortalece o caminho para a recuperação do título de "país livre de sarampo"

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Há quatros anos, Mato Grosso não tem casos de sarampo
(Foto: Reprodução)

Mato Grosso está caminhando rumo à eliminação dos casos de sarampo. Desde 1999, o número de casos da doença vem diminuindo, passando de 7 registros naquele ano para apenas um caso em 2020. Desde então, o estado não registrou mais incidências da doença, contribuindo significativamente para o sucesso na redução e controle do sarampo em todo o território nacional.

O Brasil celebrou, na quarta-feira (5), dois anos sem casos autóctones (com transmissão em território nacional) de sarampo. Dessa forma, está próximo de retomar a certificação de “país livre de sarampo”, após sair da condição de região endêmica no ano passado.

Em 2016, o Brasil já havia recebido o título de país livre da doença. Em 2018, no entanto, o intenso fluxo migratório de países vizinhos, associado às baixas coberturas vacinais em vários municípios, permitiu a reintrodução do vírus em território nacional.

Desde 2019, o número de casos de sarampo está em queda: despencando de 20.901 registros, no referido ano, a 41 casos, em 2022. O último caso foi confirmado em 5 junho de 2022, no Amapá.

No início de maio, o país recebeu a visita da Comissão Regional de Monitoramento e Reverificação da Eliminação do Sarampo, Rubéola e Síndrome da Rubéola Congênita na Região das Américas e do Secretariado da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) com o objetivo de dar continuidade ao processo de recertificação do Brasil como livre da circulação de sarampo e com sustentabilidade da eliminação da rubéola e da síndrome da rubéola congênita (SRC).

Ainda neste ano, a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou o aumento de casos da doença na Europa como “alarmante”. Foram mais de 58 mil infecções pelo vírus em 41 países ao longo de 2023, um aumento em relação aos últimos 3 anos.

“Para que o Brasil possa continuar sem casos, é fundamental alcançar coberturas vacinais de, no mínimo, 95% de forma homogênea, visando a proteção da nossa população diante da possibilidade de ocorrência de casos importados do vírus e reduzindo assim o risco de introdução da doença. Além do que, garante a segurança até mesmo das pessoas que não podem se vacinar”, explica o diretor do Programa Nacional de Imunizações (PNI), Eder Gatti.

Ele destaca, ainda, a importância da continuidade da estratégia de microplanejamento que, em 2023, repassou R$151 milhões para estados e municípios. O método, que é recomendado pela OMS, consiste em diversas atividades com foco na realidade local e em fortalecer e ampliar o acesso da população à vacinação, durante todo o ano.

Tríplice viral

A tríplice viral é uma das vacinas ofertadas no Calendário Nacional de Vacinação, cujo esquema vacinal corresponde a duas doses para pessoas de 12 meses até 29 anos de idade, e uma dose para adultos de 30 a 59 anos. Esse imunizante protege contra o sarampo, a caxumba e a rubéola – três doenças altamente infecciosas que podem causar sequelas graves e foram responsáveis por epidemias no passado.

A cobertura da primeira dose dessa vacina aumentou de 80,7% em 2022 para 87% em 2023. Os dados de 2023 ainda são preliminares e podem subir, já que alguns estados têm bases próprias e as atualizações podem demorar a chegar à rede nacional.

(Com Assessoria)

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