O presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (União Brasil), disse que o governo deverá enfocar ações na economia no próximo mandato, a partir de 2023. A estratégia seria um contraponto às medidas fiscais adotadas desde 2019, de arrocho dos gastos.
“Nós temos a necessidade de implementar novas matrizes econômicas no estado. Eu conversei com ele [governador Mauro Mendes] sobre isso e ele entendeu que é necessário. Então, nós agora vamos trabalhar para viabilizar ações na agricultura familiar e no turismo, principalmente na Baixada Cuiabana”, disse.
Botelho e Mauro se reuniram na manhã desta terça-feira (18) no Palácio Paiaguás, por cerca de duas horas. Segundo Botelho, o governador anunciou avanço em uma negociação com o Banco Mundial para a viabilizar US$ 100 milhões para a agricultura familiar.
A quantia teria US$ 80 milhões de empréstimo pelo banco e US$ 20 milhões retirados diretamente da fonte financeira do estado. Hoje pela manhã, Botelho conversou com os especialistas em investimento e agricultura do Banco Mundial Alexandre Kossoy e Bárbara Farinelli.
O investimento público em ações voltadas para o financiamento de micro e pequenos empresários foi um dos temas explorados durante a campanha eleitoral 2022, encerrada em primeiro turno em Mato Grosso.
Os adversários de Mauro Mendes na disputa associaram o assunto ao crescimento da insegurança alimentar, que foi revigorado pela paralisação nos meses mais graves da pandemia do novo coronavírus.
“Nós precisamos pensar em diminuir a pobreza no estado, em distribuir mais a renda, aí passa pela agricultura familiar, pelo desenvolvimento do turismo, da agroindústria, que gera muito emprego, gera renda”, afirmou Botelho.
A mensagem do governo com pedido de autorização do empréstimo deve ser enviada para a Assembleia Legislativa no início do segundo semestre do próximo ano. Até lá, devem ser realizados estudos para mapear a instalação de produtores da agricultura familiar e analisar a fertilidade de solo e criar cooperativas de orientação.