Um funcionário de uma distribuidora de água e gás de Várzea Grande, de 26 anos, foi preso ontem (31), durante a tarde, acusado de furtar a empresa em que trabalhava e simular ter sido assaltado para esconder o crime.
Falso crime
O caso teve início após o suspeito procurar a Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf) de Várzea Grande e registrar um boletim de ocorrência.
Aos policiais, ele contou que trabalha como entregador de água e gás, em uma distribuidora situada na região central de Várzea Grande, e afirmou que no início da tarde havia sido vítima de um roubo majorado, no bairro Ikaray.
O funcionário narrou que havia sido surpreendido por homens em um veículo VW Gol vermelho, que anunciaram o roubo. O motorista teria jogado o carro na frente da motocicleta que a vítima conduzida.
Em seguida o passageiro teria descido do automóvel, armado, e subtraído R$ 300 em dinheiro, bem como teria tentado levar o botijão de gás. Porém, como estava vazio, desistiu de levar o recipiente.
Investigação
Diante da denúncia, a equipe da Derf-VG iniciou as investigações imediatamente, indo ao local apontado pela vítima. Foram coletadas e analisadas as imagens de sistema de video-monitoramento, e verificado que não havia corrido o roubo denunciado.
Conforme a delegada titular da Derf-VG, Elaine Fernandes, as imagens captadas pelas câmeras comprovam que ele passou pelo local apontado no boletim de ocorrência, mas em momento algum foi abordado ou rendido, e sequer passou pelo local o automóvel VW Gol vermelho.
Após constatação de que a denúncia era falsa, o jovem acabou confessando que não foi vítima de roubo, e que registrou a ocorrência porque subtraiu o dinheiro da distribuidora.
O funcionário ainda afirmou que não foi a primeira vez que ocorreu tal fato, informando que, há 10 dias, pegou o valor de R$ 400. Na ocasião, deram um voto de confiança ao mesmo e não registraram o boletim de ocorrência.
“A conduta delituosa perpetrada pelo autuado de comunicação falsa de crime e falsidade ideológica, acarretou um prejuízo para o serviço público e para a sociedade, pois o tempo que a equipe empregou efetuando as diligências vinculadas ao suposto roubo, poderia ter sido empregado para efetivar diligências no intuito de elucidar ocorrências reais”, lamentou a delegada Elaine Fernandes.
O acusado irá responder por furto qualificado, falsidade ideológica e comunicação falsa de crime.
(Com Assessoria)