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Familiares de detentos fazem carreata e pedem saída de diretor da PCE

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Familiares de detentos fazem carreata e pedem saída de diretor da PCE
Familiares protestam contra novo diretor da PCE

Cerca de 100 manifestantes circularam pelas ruas do Centro Político Administrativo (CPA) na tarde desta segunda-feira (26) em protesto contra ações “desumanas” supostamente comandadas pelo novo diretor da Penitenciária Central do Estado (PCE), Revetrio Francisco da Costa, que assumiu o cargo há cerca de uma semana.

Mães e esposas de reeducandos afirmam que Revetrio tem agredido os presidiários durante revistas e outras ações pontuais no interior da PCE. O protesto começou na frente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) foi até o Tribunal de Justiça e depois à sede da Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh).

“Ele ainda está entrando dentro das celas com muita truculência, tratando todo mundo igual bicho. Pelo jeito ele quem quer provocar mais rebelião lá dentro é ele, porque os meninos estão é com medo”, contou a esposa de um presidiário, que pediu para não ser identificada.

De moto, as manifestantes percorreram as ruas do CPA em uma espécie de buzinaço contra o novo diretor. Os manifestantes também utilizaram faixas com palavras de ordem. As famílias acusam Revetrio de ser indiretamente responsável pela morte de Jesuíno Candido da Cruz Junior, 27 anos.

Jesuíno por um disparo de arma de fogo durante uma revista dentro da PCE. Segundo informações coletadas com exclusividade pelo LIVRE o presidiário estava agachado atrás de um colchão quando foi atingido pelo disparo. A Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) ainda não concluiu o inquérito sobre o caso e não informou de onde o projétil foi disparado.

Os agentes penitenciários e a Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh) afirmam que os presos se amotinaram na última terça-feira (20) por conta de uma revista que retirou drogas e 78 celulares de dentro das celas. Já os familiares dos detentos dizem que a revolta foi provocada pela retirada de baldes de água e ventiladores comprados pelos detentos dentro da própria PCE.

A morte de Jesuíno provocou uma série de represálias organizadas por membros de organizações criminosas de dentro da PCE. Na quinta (22) e na sexta-feira (23) a casa de um agente e a sede do Sindicato da categoria foram alvos de ataques a tiros, respectivamente. Nas duas ocasiões, os bandidos passaram atirando e fugiram.

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