O Ministério Público Federal (MPF) decidiu arquivar o inquérito aberto para apurar se o ex-ministro da Educação Abraham Weintraub cometeu crime de racismo. De acordo com a acusação, Weintraub teria cometido “crime de racismo contra os chineses”.
No início da pandemia, Weintraub disse que a China poderia vir a se beneficiar da crise sanitária causada pela pandemia do novo coronavírus, uma vez que seria o país que fabricaria testes, respiradores e demais insumos para o enfrentamento da doença.
A decisão foi tomada na esteira do relatório de investigação da Polícia Federal, que concluiu as apurações no fim de 2020 e decidiu não indiciar o ex-ministro, hoje presidente do Banco Mundial.
Na avaliação da procuradora Melina Flores, que pediu o arquivamento do processo, a manifestação de Weintraub não tinha o objetivo de incentivar o preconceito, mas apenas fazer pontuações sobre geopolítica.
“Essa postagem, por si só, não trouxe uma demonstração clara do ânimo racista e da iminência do risco social de racismo que a opinião deveria gerar”, escreveu a promotora.