O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), voltou a negar que o dinheiro que recebeu das mãos de Silvio Correa fosse de corrupção, e afirmou que era para pagar uma dívida que o então governador Silval Barbosa tinha com seu irmão, Marco Polo Pinheiro, o “Popó”, contrariando a afirmação dos delatores. Em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Paletó, na semana passada, Silvio declarou que o dinheiro que pagou a Emanuel “era propina mesmo”.
Emanuel repetiu a tese dita pela sua defesa: que Silvio sustentou na CPI a versão de propina porque não pode invalidar a delação feita à Procuradoria Geral da República (PGR). Ele aposta, ainda, que o ex-governador Silval Barbosa deve reforçar a versão do seu ex-chefe de gabinete, no depoimento marcado para a sexta-feira (23).
“É claro que ele vai ter que sustentar a versão, mesmo que não seja verdadeira. Se não, ele seria preso. A mesma coisa vai ser o ex-governador amanhã”, disse o prefeito à imprensa nesta quinta-feira (22), antes de inaugurar a obra de drenagem e revitalização do Viaduto da UFMT. “Vamos provar na Justiça que não temos nada a ver com todo esse mar de lama que foi denunciado”, prometeu.
O prefeito afirmou que recebeu o dinheiro em nome de Popó para pagar parte da dívida de pesquisas que o Instituto Mark realizou em 2011 e 2012. “A verdade é que existia uma relação comercial. A dívida estava sendo paga e ele deixou de pagar. Meu irmão entrou com ação de execução”, disse.
Emanuel disse ainda que vai avaliar se vai comparecer à CPI, caso seja convidado.