A proximidade do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) à federação de PT, PV e PCdoB já tem o sinal amarelo aceso. Os petistas devem marcar território com mais afinco para evitar que Emanuel conduza as articulações para a campanha eleitoral de 2024, como aconteceu na eleição do ano passado.
O cenário político continua praticamente o mesmo. O MDB, na base do governador Mauro Mendes, portanto, próximo ao União Brasil, não projeta até o momento lançar candidatura em Cuiabá.
Os partidos mais a direita preparam candidatos, mas sem muita distância do grupo de Mauro. A federação é o conglomerado de partidos com oposição mais clara.
Em 2022, Emanuel Pinheiro enxergou isso e tomou a frente da negociação de candidato ao governo, tanto que a escolhida foi a sua esposa, Márcia Pinheiro, que filiou-se na época ao PV.
O resultado não agradou os petistas, e desta vez eles querem uma campanha também de oposição ao prefeito Emanuel Pinheiro.
“Nós não vamos aceitar ingerência na federação, embora o presidente do PV [José Roberto Stopa] seja o vice-prefeito de Cuiabá. Na eleição passada, nós não atingimos todo o potencial e acho que isso serve de aprendizado”, disse o deputado estadual Lúdio Cabral (PT), que anunciou ontem sua pré-candidatura à prefeitura de Cuiabá.
Stopa foi um cotados por Emanuel Pinheiro para concorrer ao governo na eleição passada e continua como a aposta dele para 2024.
Ou seja, o atrito entre PT e PV deve ficar mais quente nos próximos meses e com várias indicações de que o prefeito Emanuel Pinheiro deve colocar o dedo nas decisões.