A ex-presidente do Brasil Dilma Rousseff foi eleita hoje (24), por unanimidade, presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), também conhecido como Banco dos Brics. A instituição é gerida pelos cinco países que formam o bloco: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, e os países membros do bloco se revezam na liderança do banco. O mandato brasileiro no cargo acaba em julho de 2025.
A eleição de Dilma foi anunciada por meio de uma nota oficial do NDB: “Em 24 de março de 2023, o Conselho de Governadores do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB) elegeu por unanimidade H.E. Sra. Dilma Vana Rousseff como Presidente do Banco, com vigência imediata, em total conformidade com o Contrato Social do Novo Banco de Desenvolvimento e os procedimentos de eleição do Presidente”.
Dilma assumirá o lugar do também brasileiro Marcos Troyjo, indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. Troyjo, que foi secretário especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais no Ministério da Fazenda de Paulo Guedes, ocupava o cargo desde 2020.
A escolha de Dilma para liderar o NDB é vista como uma vitória para o Partido dos Trabalhadores (PT), já que a ex-presidente sofreu um impeachment em 2016. Desde então, Dilma tem sido uma voz crítica ao governo Bolsonaro e defendido políticas de desenvolvimento social e econômico que foram implementadas durante seu mandato.
Com Dilma à frente do NDB, espera-se que o banco continue a apoiar projetos de infraestrutura e desenvolvimento em países em desenvolvimento, além de fomentar a cooperação entre os Brics.
A escolha da ex-presidente também pode ajudar a reforçar as relações entre o Brasil e os demais países do bloco, em um momento em que a diplomacia brasileira tem sido criticada por sua postura em questões como o meio ambiente e os direitos humanos.