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Diante de relatos de abuso, polícia orienta mulheres que utilizam serviços de transporte

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Diante de relatos de abuso, polícia orienta mulheres que utilizam serviços de transporte
Reprodução/ Pixabay

Frente a relatos que têm repercutido nas redes sociais sobre abusos cometidos por condutores de moto-táxi e motoristas de aplicativo contra mulheres, a Secretaria de Segurança Pública divulgou recomendações às usuárias destes serviços.

Ainda que muitas ocorrências não sejam registradas oficialmente, a Sesp-MT divulga que de janeiro a julho de 2018 foram registrados casos de estupro e assédio sexual. Destes, dois estupros e um assédio sexual estão relacionados a motorista de aplicativo, enquanto um moto-taxista foi apontado pela vítima como autor de um estupro. Os dados são da Coordenadoria de Estatística e Análise Criminal (CEAC), da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp-MT).

De acordo com o delegado-adjunto da Delegacia de Mulher, Criança e Idoso de Várzea Grande, Cláudio Álvares Santana, é muito importante que as vítimas registrem os casos. “O trabalho investigativo vai partir deste relato, e é fundamental ter a consciência de que o ato de encostar na vítima, qualquer parte do corpo, principalmente as regiões íntimas, configura estupro”.

No caso da mulher optar por carros por aplicativo, o delegado orienta que é preciso confirmar se conferem as informações repassadas pelo próprio aplicativo. “É preciso checar o modelo do carro, placa, o nome do condutor e a foto. Se um desses dados estiver em desacordo com o mostrado pelo aplicativo, a recomendação é não entrar no veículo e comunicar o fato à empresa”, acrescenta.

Ficar em alerta

Há outras alternativas para reforçar a segurança, como compartilhar a localização em tempo real com alguém da família ou amigos ao ingressar em transporte alternativo; sentar no banco de trás (no caso de carros); avisar às pessoas caso note algo suspeito; prestar atenção à rota seguida pelo motorista e intervir quando necessário; optar por rotas mais movimentadas; e em horários noturnos ou de madrugada procurar compartilhar a viagem com alguém.

Assim como nas demais situações cotidianas, é importante prestar atenções a detalhes relacionados ao condutor, como cor da roupa, cabelo, cor dos olhos, características pessoais, como tatuagem ou mancha de pele, entre outros que possam auxiliar na identificação e busca, caso haja alguma ocorrência.

E como em qualquer outra situação de perigo e emergência, a vítima também pode acionar os órgãos de segurança pelo 190 (Polícia Militar) ou pelo 180 (Defesa da Mulher). Também é possível fazer o pré-registro de boletim de ocorrência (BO) pela Delegacia Virtual, lembrando que nos casos de estupro e outras ocorrências que requerem laudos periciais é preciso ir até a delegacia concluir o atendimento.

Comparativo

No ano passado, entre janeiro e dezembro, também houve um registro de estupro envolvendo motorista de táxi, além de dois casos envolvendo moto-taxistas (um estupro e um assédio sexual), e dois casos de estupros envolvendo motorista de aplicativo. Em 2016, no mesmo período, foram dois casos de estupro: um envolvendo taxista e o outro condutor de moto-táxi.

Frente aos registros gerais de estupro em todo o estado (entre janeiro e setembro de 2018 foram 178 casos envolvendo vítimas femininas de 18 a 59 anos), estes números não são alarmantes, informa a Sesp-MT.

(Com assessoria)

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