Os deputados estaduais encerram as negociações de blocos parlamentares para o primeiro ano de trabalhos. A base de governo, que pretendia aumentar seu bloco para conseguir mais aliados nas comissões, não avançou na estratégia.
Os parlamentares se organizam em blocos de acordo com as afinidades ideológicas e áreas sociais e econômicas de interesse deles. As votações dos projetos de lei ocorrem normalmente em blocos. Os membros se unem para vetar ou aprová-los.
Os blocos são liderados por um deputado, escolhido pelos integrantes, que passa a representá-los.
O tamanho desses grupos tem a ver com o contrabalanço entre os partidos com mais e menos deputados e com o direito de indicar para as comissões. No conjunto atual dos deputados, três partidos dominam com quatro eleitos.
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O União Brasil, partido do governador Mauro Mendes, saiu na frente. A sigla fechou bloco com sete membros, o maior deles. Também conseguiu a presidência da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), a mais importante das comissões. Júlio Campos é o presidente.
A base tentava fechar grupo com ao menos nove integrantes para ter o direito a indicar dois integrantes para as comissões. Eles teriam, nesse caso, praticamente a metade de todas as cadeiras nas comissões (2/5).
A frustração passa pela quantidade de blocos formados. Até o ano passado, quando encerrou os mandatos anteriores, haviam três blocos parlamentares na Assembleia Legislativa. A oposição se limitava a praticamente um oitavo dos deputados.