Os deputados estaduais da base do governo buscam a formação do maior bloco parlamentar na Assembleia Legislativa de Mato Grosso. O grupo com 7 membros quer chegar a pelo menos 9. O número daria a eles o direito de indicar mais nomes alinhados ao governo para as comissões permanentes.
Pelo tamanho atual, a base de apoio a Mauro Mendes conseguiu a indicação de um integrante para as comissões. Se conseguir crescer para 9 deputados no bloco parlamentar, ela poderá, com base no regimento interno, indicar dois nomes.
Isso significa que o governo teria aliados como membros de praticamente a metade de cada comissão. Esses grupos são compostos por cinco integrantes. São divididos por temas e avaliam se as propostas de lei dos próprios deputados ou as enviadas pelo governo têm viabilidade e coerência para avançar na tramitação.
Politicamente, de partida, o governo teria menos resistência às suas mensagens, nome que as propostas de lei com origem no executivo recebem na Assembleia Legislativa.
Como a composição das comissões interessa ao governo?
Na semana passada, o governador apresentou aos deputados estaduais um esboço daquilo pensa em executar nos próximos anos de mandato.
Mendes citou o problema da insegurança alimentar e o meio ambiente como exemplo de assuntos que serão repensados. Ele disse que “irá propor mudanças normativas e estruturantes”. Em outras palavras, vai querer mudar as regras em vigor ou criar novas. Para isso, precisará da articulação base na Assembleia Legislativa.
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Neste ano, o governo para ter maior dificuldade para fechar um grupo majoritário entre os deputados. Até o momento, estão confirmados a formação de quatro blocos parlamentares. Antes haviam três blocos ativos. O número maior de blocos significa menos integração.
O chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho, disse que o governo não vai interferir na articulação dos deputados e citou a mudança.
“No ano passado foram três blocos e nesse ano são quatro. O importante são os deputados que formam a base, independentemente da quantidade de blocos”, disse.
A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) é a mais cobiçada pelos deputados estaduais e a que o governo tem mais interesse em rastrear a composição. Praticamente todos os projetos de leis que entram na Assembleia passam por ela.