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Deputados retornam do recesso com missão de aprovar projetos polêmicos

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Deputados retornam do recesso com missão de aprovar projetos polêmicos

Ednilson Aguiar/O Livre

Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT)

Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT)

Projetos polêmicos de interesse do governo de Mato Grosso devem esquentar os debates na Assembleia Legislativa neste segundo semestre. As sessões recomeçam a partir das 17h desta terça-feira (1º), depois de um recesso parlamentar de cerca de 20 dias. Ainda hoje, devem ser apresentados projetos para aumentar salários de servidores das secretarias de Meio Ambiente (Sema) e Fazenda (Sefaz).

A primeira grande polêmica – que já vem se arrastando desde o fim do ano passado – deve ser a proposta de emenda constitucional (PEC) do Teto de Gastos, que limita os gastos públicos pelo período de dez anos. O texto ainda não foi fechado em função de o Tribunal de Justiça ter pedido alterações no projeto.

“O mais importante para o governo, neste momento, é a Lei do Teto”, informou o líder do governo, Dilmar Dal’Bosco (DEM). “Faltam alguns detalhes. O TJ cobra a inclusão do gatilho para flexibilizar o teto. É o principal ponto para eles”, explicou. O gatilho que ele menciona permitiria o aumento do orçamento dos Poderes em caso de melhora da economia e crescimento da receita do Estado.

O presidente da Assembleia, Eduardo Botelho (PSB), promete buscar entendimento entre para aprovar o teto, incluindo o gatilho na proposta. “Vamos instituir uma lei que atenda a todos, o Executivo, os Poderes e órgãos independentes. Também vou propor que seja possível uma rediscussão dessa proposta de acordo com o crescimento da receita”, disse, por meio da assessoria.

Aumento de impostos
Na sequência, a reforma tributária também promete grandes polêmicas. Embates duros envolvendo governo, deputados, advogados tributaristas e o setor empresarial esquentaram o clima na Assembleia no fim do ano passado. Cinco versões da reforma chegaram a ser apresentadas pelo governo. Desde então, a discussão está suspensa. Dal’Bosco espera que ela seja retomada em setembro.

Para ter validade em 2018, as mudanças nos impostos precisam ser aprovadas ainda este ano. Um novo texto-base da reforma tributária, elaborado pela Secretaria de Fazenda (Sefaz) com apoio da Fundação Getúlio Vargas (FGV), está pronto desde abril, mas deve ser novamente alterado, segundo o deputado. Apesar de o governo prometer uma reforma neutra, que não vai aumentar nem reduzir a arrecadação do estado, alguns setores devem pagar mais impostos para que outros tenham redução de alíquota.

Outra pautas
A Lei Orçamentária Anual (LOA) 2018, que chega em setembro, também deve gerar embates. Influenciada pelo Teto de Gastos, ela deve trazer o orçamento dos poderes congelados, a exemplo do que já foi sinalizado na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), além de arrochar outras despesas.

Também está na pauta deste ano a nova reforma administrativa do governo estadual, a autorização para um empréstimo de até R$ 800 milhões para concluir as obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), e o aumento de recursos para as unidades de saúde do interior.

Uma nova taxação sobre o óleo diesel, de R$ 0,10 por litro, chegou a ser discutida, mas a proposta está suspensa. “Ficou inviável diante do aumento dos impostos federais sobre combustíveis”, argumentou Dal’Bosco.

Botelho também descartou a ideia. “Precisamos achar outro caminho para a saúde, que dê uma receita firme e eficaz para que não haja atraso no repasse às unidades de Saúde e a população tenha melhor atendimento”, disse.

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