Ednilson Aguiar/O Livre
Mais de 2,3 mil casas foram invadidas em Cuiabá de janeiro a julho deste ano. De acordo com dados do setor de estatística da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), a maioria dos registros, 1.896 deles, é de furto. Em 483 boletins de ocorrência, no entanto, foram relatados casos de roubo, ou seja, quando há uso de violência por parte dos assaltantes.
Os números são bem semelhantes aos registrados no mesmo período do ano passado. Durante o primeiro semestre de 2016, ocorreram 2.386 invasões na capital, de acordo com a Secretaria. Somente 37 casos a menos do que nos sete primeiros meses deste ano.
Enquanto os furtos reduziram de 1.940, no primeiro semestre de 2016, para 1.896, no primeiro semestre de 2017, os roubos aumentaram de 446, no ano passado, para 483, neste ano.
O levantamento aponta ainda que Cuiabá é a cidade mato-grossense onde se concentram a maioria destes registros. Das 13.400 invasões a residências ocorridas no Estado neste ano, cerca de 17,5% foram na capital. Segunda colocada no ranking, Várzea Grande foi responsável por 1.041 registros, o equivalente a 7,7% do total.
A situação de insegurança é o que tem pautado um debate na Câmara de Cuiabá sobre a regularização de condomínios criados a partir do fechamento ilegal de ruas. O principal argumento dos moradores destes locais é dificultar a ação de bandidos.
Um anteprojeto vem sendo elaborado em parceria por três vereadores e os síndicos destes conjuntos residenciais. A principal luta é contra ações civis públicas propostas pelo Ministério Público Estadual (MPE) – algumas delas já sentenciadas nesse sentido – que cobram a reabertura das ruas.
Segundo o vereador Luis Claudio (PP), um dos trabalham o tema, uma reunião deve ser realizada nesta semana para alinhar os pontos do anteprojeto. A ideia é que os moradores destes locais ofereçam algum tipo de contrapartida para a sociedade.
