A ex-presidente e atual vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, foi condenada a seis anos de prisão, além de se tornar inelegível a qualquer cargo público, nesta terça-feira (6). Apesar da condenação pelo crime de administração fraudulenta de fundos públicos, a parlamentar não ficará detida.
A sentença de Kirchner foi assinada pelos juízes Rodrigo Giménez Uriburu, Jorge Gorini e Andrés Basso, do Tribunal Oral Federal 2.
Segundo o site Gazeta do Povo, Kirchner e outros 12 réus foram denunciados pelo Ministério Público Federal Argentino, por supostas irregularidades na concessão de 51 obras públicas, enquanto era presidente, entre os anos de 2007 a 2015.
Por essa prática, o empresário Lázaro Báez, responsável pelas obras, foi condenado também a seis anos de prisão.
Além da parlamentar, outros sete réus foram condenados com sentenças que variam de seis meses a três anos ou seis anos. Quanto a acusação de associação ilícita, Kirchner foi absolvida.
Sem prisão
Porém, apesar da condenação a prisão, Kirchner, não será presa devido a sua imunidade parlamentar, por ter sido eleita senadora e também, vice-presidente do país.
“Máfia judicial”
Após a condenação, Kirchner fez uma live onde disse ser vítima da uma “máfia judicial”. Durante a transmissão, a política argumentou que não houve condenação pelas leis da Constituição Nacional e administrativa, mas sim, por um “partido da Justiça”.
“Há três anos avisamos que a sentença já estava escrita. É muito simples: não é um partido, mas um Estado paralelo, uma máfia judicial”, atacou.
Ainda no vídeo, Kirchner disse que não pretende se candidatar a nenhum cargo em 2023.