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Coronel diz que era protegido para não afetar a imagem do governo

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Coronel diz que era protegido para não afetar a imagem do governo

Ednilson Aguiar/O Livre

coronel Airton Benedito Siqueira

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Em depoimento à delegada Ana Cristina Feldner, da Polícia Judiciária Civil, o coronel Airton Benedito Siqueira afirmou que o suposto esquema para protegê-lo de uma prisão teria sido feito apenas por causa da imagem do governo. Siqueira teria participado da coação e cooptação do tenente-coronel José Henrique Soares para gravar clandestinamente o desembargador Orlando Perri.

O coronel ocupava a Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh) antes de ser preso na Operação Esdras. De acordo com informações divulgadas pela TV Centro América, o coronel diz acreditar que a proteção se deu para evitar um desgaste para executivo estadual.

Ao ser questionado de porquê o coronel Evandro Ferraz Lesco teria organizado o plano, Siqueira diz que acredita ter sido pela amizade mantida entre os dois.

“Pela amizade que a gente tem, de mais de 25 anos, ele me conhece bem e eu conheço ele. Quando ele diz que eu não poderia ser preso é porque, penso eu, é porque ele sabe que é uma injustiça, ele sabe que eu não participei de nada”, disse.

O tenente-coronel Soares afirma que Lesco teria dado a ordem para ele “fazer o que tivesse que fazer” para evitar a prisão do então secretário de Justiça e Direitos Humanos. Lesco teria dito que a prisão de Siqueira iria fragilizar “o grupo”.

“E quando ele menciona o ‘grupo’, eu acredito que seja o grupo político, o grupo do governo. A prisão de mais um secretário geraria desgaste para o governo”, afirmou o coronel Siqueira em seu depoimento.

O dispositivo para gravar Perri foi instalado na farda de Soares pelo sargento João Ricardo Soler, supostamente a pedido de Lesco. Uma semana depois, a Corregedoria da Polícia Militar trocou farda padrão dos militares para aquela na qual foi possível instalar a câmera.

“Não fiz pedido nenhum para mudar a farda de ninguém”, afirmou o coronel Siqueira.

O ex-corregedor-geral da PM, coronel Carlos Eduardo Pinheiro da Silva, afirma que a troca foi um procedimento comum da corporação. O coronel Pinheiro afirma que seu adjunto, não identificado no vídeo, o procurou para uma padronização do fardamento.

O coronel Pinheiro diz ter determinado que todos os policiais fossem questionados sobre qual fardamento seria utilizado. Segundo o ex-corregedor, todos os praças e oficiais da corregedoria tinham preferência pelo uniforme de instrução.

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