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Com dívida de R$ 1,2 milhão, Justiça decreta recuperação judicial do restaurante Getúlio Grill

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Com dívida de R$ 1,2 milhão, Justiça decreta recuperação judicial do restaurante Getúlio Grill

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Restaurante Getúlio Grill

Restaurante Getúlio Grill, localizado na avenida Getúlio Vargas, em Cuiabá

O juiz Claudio Roberto Zeni Guimarães, da 1ª Vara Cível de Falências, Recuperação Judicial e Cartas Precatórias, aceitou o pedido de recuperação do restaurante Getúlio Grill. As duas empresas que formam o grupo passam por dificuldades e argumentam que a situação se agravou por expectativas frustradas em relação à realização da Copa do Mundo de 2014 em Cuiabá. A dívida com fornecedores e demais credores é estimada em R$ 1,2 milhão.

Localizado na avenida Getúlio Vargas, o estabelecimento está aberto desde a década de 1990 e já foi considerado ponto de encontro da sociedade cuiabana.

Em decisão do último dia 04, o juiz nomeou a administradora judicial Fabíola Brito de Freitas para intervir no restaurante durante o processo. Ela deverá, em 30 dias, fiscalizar as atividades da empresa e entregar um relatório sobre o funcionamento do estabelecimento. Fabíola Freitas deverá administrar o local por 20 meses.

Além disso, ficam suspensas todas as ações e execuções contra as empresas por 180 dias e todos os documentos emitidos pelas empresas Comercial de Bebidas e Alimentos MSD LTDA – ME e G. V. Filho Eirelli – ME deverão constar “Em recuperação judicial”.

Em 2016, o pedido de recuperação havia sido negado. O mesmo magistrado havia entendido que o pedido feito pelas empresas atendia apenas aos aspectos formais e que os números apresentados à ocasião não justificavam a recuperação judicial.

Queda no consumo e concorrência

Desde 2013, o restaurante passar por dificuldades. O desaquecimento do mercado, a queda de no número de clientes, a perda de consumo, o aumento dos juros, a redução do capital de giro, consumidores retraídos quanto a despesas no segmento de bares e restaurantes e o aumento da concorrência comprometeram a rentabilidade do negócio.

“Com o advento da Copa do Mundo e em especial a participação do município de Cuiabá (MT) como uma das cidades sede do evento, fez com que uma grande expectativa fosse gerada no segmento, no tocante ao movimento antes, durante e depois dos jogos, acerca do grande consumo por parte dos clientes mato-grossenses e turistas, fato este que não ocorreu conforme planejado, acarretando em despesas, custos e prejuízos”, argumentaram os donos no pedido de recuperação.

Em 2015, a situação se agravou com a crise econômica brasileira com uma redução ainda maior no número de clientes. “O que era crescimento começou a virar prejuízo, face as obrigações outrora assumidas”.

As empresas têm até quinta-feira para apresentar a lista de credores. Elas poderão parcelar débitos de impostos devidos ao poder público.

Os relatórios mensais entregues pela administradora deverão conter “a devida interpretação dos dados contábeis registrados nos documentos” juntados pela empresa, “devendo mencionar que atividades a empresa vem desenvolvendo nesse período, com a devida correlação entre as informações contábeis e a realidade apurada em suas diligências junto à empresa, bem como mencionar quaisquer outras informações que entenda relevantes”.

As empresas deverão apresentar suas contas demonstrativas mensais enquanto perdurar a recuperação judicial, até o décimo dia do mês subsequente, sob pena de destituição de seus administradores, e ainda ficam obrigadas a atender prontamente às solicitações da administradora judicial para permitir o acompanhamento de suas atividades.

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