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Colheita da soja em Mato Grosso atinge 16,2% da área total

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Colheita da soja em Mato Grosso atinge 16,2% da área total

Mesmo com fortes chuvas em todo o estado, a colheita da soja avançou 4,77 pontos percentuais nos últimos sete dias. Em relação ao mesmo período do ano passado, a colheita está 8,06 pontos percentuais adiantada.

Até o momento 16,2% da área total de 9,3 milhões de hectares já foram colhidos. Em janeiro de 2016, a colheita tinha atingido metade deste total, apenas 8,1%. Os dados são do boletim sobre colheita divulgado semanalmente pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).

A região mais adiantada continua sendo a Oeste, que colheu 24% de uma área de 1,1 milhão de hectares, a quarta maior do estado. Em seguida, está a região Médio-Norte, que finalizou a colheita em 21,6%, sendo a maior área da oleaginosa no estado com 3,1 milhões de hectares. As regiões Centro-Sul e Norte colheram, até o momento, 15% do total de áreas de 700 mil e 279 mil hectares, respectivamente.

Os produtores ainda finalizaram 14% dos 609 mil hectares plantados nesta safra na região Noroeste e concluíram a colheita de 12,8% da área de 1,9 milhão de hectares no Sudeste. A região mais atrasada é a Noroeste, que colheu 5,33% da área plantada de 1,5 milhão de hectares. 

Rodrigo Pozzobon

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Colheita na região de Vera (MT), onde produtores relatam dificuldades em razão das chuvas

Situação nos municípios
Em Lucas do Rio Verde, no Médio-Norte, alguns produtores já começam a temer perdas em razão a umidade do solo, conforme comenta o agrometeorologista Marco Antônio Santos. Ele lembra que os prejuízos começam a aparecer quando a soja passa a ser colhida com elevados níveis de umidade (acima dos 30%).

Até semana passada, as regiões Norte e Oeste sofriam com o excesso de precipitações. “As chuvas estão atrapalhando muito. Sábado e domingo deu para colher, mas as marcas ficaram na lavoura”, disse Rodrigo Pozzobon, delegado coordenador do Núcleo da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja) em Sorriso.

Em Nova Mutum, o produtor Emerson Zancanaro, relata fortes chuvas, mas sem registro de grandes perdas. Em Campos de Júlio, a situação é a mesma, segundo o produtor Tiago Comiran. Em Sapezal, o sojicultor Lucas Paludo, também não registrou danos, mas afirmou que as cargas de soja que estão sendo entregues nos armazéns têm muita umidade.

Na região Sul, há alternância de períodos de sol e pancadas de chuva. “O pessoal está colhendo nas janelas, até agora sem maiores problemas”, afirmou Eduardo Tomczyk, representante da Aprosoja em Rondonópolis. Já na região Leste, as informações são de que as chuvas estão bem dispersas. A colheita está iniciando na região, com alguns produtores de Canarana e Nova Xavantina com as máquinas nas lavouras.

O delegado coordenador da Aprosoja de Água Boa, César Giacomolli, informou que em algumas regiões havia estiagem de 20 dias e, portanto, as lavouras devem apresentar rendimento inferior às demais.

Previsão
As notícias são mais animadoras para a próxima semana. Segundo o Climatempo a previsão é que não ocorra mais as chamadas “invernadas”, ou seja, chuvas ininterruptas como ocorreu nos últimos cinco dias.  “Mas as chuvas continuarão a ocorrer sobre toda a faixa central do Brasil, já que ainda há muitas áreas de instabilidade sobre essa região”, aponta relatório.

As condições voltam a ficar mais favoráveis à realização da colheita da soja no meio da semana. Vale lembrar, que não é só a soja que é afetada por esse período de tempo fechado e muito úmido, lavouras de milho, feijão, café e citros também são prejudicadas por conta dos baixos índices de radiação solar, bem como uma maior proliferação de doenças.

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