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Cinco militares serão investigados por improbidade em grampos ilegais

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Cinco militares serão investigados por improbidade em grampos ilegais

Ednilson Aguiar/O Livre

Coronel Evandro Lesco, chefe da Casa Militar

Coronel Evandro Lesco, ex-chefe da Casa Militar, é um dos investigados pelo MPE

O Ministério Público Estadual (MPE) instaurou um inquérito para apurar possíves atos de improbidade administrativa cometidos por cinco militares no caso dos grampos telefônicos conhecidos como “barriga de aluguel”. A portaria do dia 01 de setembro é assinada pelo promotor de Justiça Roberto Aparecido Turin.

O inquérito irá investigar a participação dos coronéis Zaqueu Barbosa, Evandro Alexandre Ferras Lesco e Ronelson Jorge de Barros, além do tenente-coronel Januário Antônio Edwiges Batista e do cabo Gérson Luiz Ferreira Correa Junior em interceptações telefônicas contra políticos, advogados, jornalistas e outros profissionais de interesse da cúpula do governo do Estado.

Os militares têm 10 dias para responder à instauração do inquérito. Se forem condenados por cometer os crimes no exercício da função, eles podem ser demitidos.

O coronel Zaqueu e o cabo Gérson foram presos em 23 de maio, no mesmo mês em que a denúncia do promotor Mauro Zaque de Jesus, ex-secretário de Estado de Segurança Pública, veio à tona. Os dois permanecem presos até hoje, indicados pelo desembargador Orlando Perri, relator do caso no Tribunal de Justiça, como responsáveis pelas interceptações ilegais. O tenente-coronel Januário Batista, também preso em maio, foi liberado em julho deste ano.

Os coronéis Evandro Lesco e Ronelson Barros, foram presos em 23 de junho deste ano e passaram à prisão domiciliar em 18 de agosto. Os dois ocupavam a Casa Militar como secretário e adjunto, cargos dos quais já foram exonerados. Lesco é apontado, principalmente, como um financiador na compra de equipamentos utilizados para os grampos, enquanto Barros teria ajudado “intelectualmente” com seus conhecimentos relativos a escutas telefônicas.

Barriga de aluguel
Os grampos teriam sido operados entre o período eleitoral de 2014 e o final de 2015. Foram interceptados telefones da deputada estadual Janaína Riva (PMDB), do desembargador aposentado José Ferreira Leite, do ex-vereador Clovito Hugueney (falecido), do jornalista José Marcondes “Muvuca”, além de médicos e outros professionais.

Um telefone do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) do MPE e dois números de mulheres ligadas ao ex-secretário-chefe da Casa Civil Paulo Taques também foram interceptados ilegalmente.

As vítimas tiveram seus números inseridos em investigações policiais, principalmente relacionadas ao tráfico de drogas, com as quais as não tinham relação.

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