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Cenário político-econômico brasileiro é positivo, dizem especialistas

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Cenário político-econômico brasileiro é positivo, dizem especialistas

Gabriele Schimanoski/O Livre

Augusto Nunes, Marcos Troyjo e Felipe Miranda participarão de encontro do Lide-MT

Otimismo: Felipe Miranda, Augusto Nunes, Marcos Troyjo participaram de encontro do Lide Mato Grosso

“O cenário é otimista para o país”, afirmaram quase em coro os convidados do Grupo de Líderes Empresárias (LIDE-MT) ao comentar o tema do evento: “O que esperar de 2018”. E o que deve definir se a economia do país continuará se recuperando de forma estrutural será a escolha dos mais de 144 milhões eleitores nas urnas, em outubro deste ano.

O colunista da Revista Veja, apresentador do programa Roda Viva e diretor do LIVRE, Augusto Nunes, o diplomata, economista e cientista político, Marcos Troyjo, e o sócio-fundador da Empiricus e correspondente da Newsletter Day One, Felipe Miranda, foram unânimes ao relatar que a economia brasileira está refém da política – e que a sequência do crescimento econômico dependerá do nome que irá comandar o país nos próximos quatros anos.

Para Miranda, depois de anos de destruição, o Brasil entrou numa rota de crescimento com a inflação abaixo dos dois dígitos e juros no menor patamar histórico. “Se os eleitores optarem por um candidato que siga nessa mesma linha de reformas estruturantes, acho que vamos crescer em torno de 3% em 2018. Depois das eleições saberemos se vamos conseguir dar continuidade a essa recuperação cíclica de uma forma mais robusta”, observou.

“Há muita liquidez financeira no mundo e isso é favorável para o Brasil, pois pode trazer fluxos de investimentos nas áreas em que o país mais carece”, diz Troyjo

O consultor destacou que a PEC do Teto de Gastos é uma parte importante do equilíbrio das contas do país, mas que sozinha não terá efeito. Uma das saídas seria ajustar a Previdência e enxugar outras pastas. “Se nada disso for feito, não conseguiremos sequer cobrir o teto e voltaremos a discutir o tema em dois anos”.

Troyjo destacou que o momento é de grandes oportunidades para o Brasil, especialmente no que tange à infraestrutura de portos, aeroportos e ferrovias, importantes investimentos para alavancar as exportações do agronegócio e do setor de mineração. “Há muita liquidez financeira no mundo e isso é favorável para o Brasil, pois pode trazer fluxos de investimentos nestas áreas”, afirmou.

O cientista político também destacou o que chamou de “importante avanço institucional”, dando como exemplo a Operação Lava Jato, a maior investigação sobre corrupção conduzida até hoje no Brasil. “Não é importa se você é um ex-presidente da República, vai ter que encarar ditames da Justiça”.

Ratificando o pensando de Troyjo, o jornalista Augusto Nunes afirmou que a condenação do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, em 2ª instância, deve elevar o debate das eleições. Lula poderá ficar inelegível com base na Lei da Ficha Limpa e consequentemente não poderá ser candidato esse ano. “Estando fora, muda o foco do eleitor e o Brasil não vai ter uma disputa polarizada. Com a ausência do Lula desaparece o nós e ele. Desaparece o Fla x Flu e espero que a gente viva uma eleição mais normal”, explicou.

“Há lugar na cadeia para todo mundo, até para um ex-presidente da República ou para o maior empreiteiro do país. O brasileiro começou a entender que paga todas as contas, inclusive a conta da roubalheira”, diz Nunes

Nunes ressaltou ainda que, no pós Lava Jato, o brasileiro descobriu que a lei é igual para todos e que o governo não é uma entidade lucrativa. “Há lugar na cadeia para todo mundo, até para um ex-presidente da República ou para o maior empreiteiro do país. O brasileiro começou a entender que paga todas as contas, inclusive a conta da roubalheira”.

Para o diretor-presidente do LIVRE e presidente do Lide-MT, Pedro Neves, a disputa eleitoral deste ano será uma das mais importantes da história da democracia brasileira e promete ser disputada voto a voto. “Os nomes que participaram deste encontro estão entre os principais pensadores da atualidade e temos que aproveitar para provocar, questionar, entender o Brasil que queremos no futuro”, destacou.

O encontro foi realizado no restaurante Mahalo, em Cuiabá, e contou com a participação de empresários e parlamentares mato-grossenses. O Lide reúne empresários em diversos países e debate o fortalecimento da livre iniciativa do desenvolvimento econômico e social, assim como a defesa dos princípios éticos de governança corporativa no setor público e privado. Atualmente, o grupo conta com 32 unidades regionais e internacionais e 26 frentes de atuação.

Para mais informações acesse www.lideglobal.com

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