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Brasil atinge a marca de 359 mil toneladas de embalagens recicladas

12º Censo da Reciclagem do pet registrou alta de 15,4%, entre 2021 e 2019, data do último levantamento

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Brasil atinge a marca de 359 mil toneladas de embalagens recicladas

Apesar dos desafios trazidos pela pandemia e a notória ausência de iniciativas públicas de coleta seletiva, que limita o acesso da indústria de reciclagem às embalagens descartadas pelos consumidores, o reaproveitamento de embalagens PET no Brasil cresceu em 2021, registrando 359 mil toneladas, incremento de 15,4% sobre 2019 – último período aferido.

Os resultados constam no 12º Censo da Reciclagem do PET, levantamento realizado pela Associação Brasileira da Indústria do PET (ABIPET) e que tem o apoio da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (ABIOVE).

Ainda, de acordo com o estudo, este volume corresponde a 56,4% das embalagens PET descartadas no país.

O principal setor que aproveita o PET reciclado é o de fabricantes de preformas e garrafas, produtos que são utilizados sobretudo pela indústria de água, refrigerantes, energéticos e outras bebidas não alcoólicas.

Graças a sua forte característica de circularidade e valor agregado, o material é cada vez mais utilizado por grandes usuários que contam com a embalagem como parte de suas ações de sustentabilidade.

Exemplo prático

Um exemplo prático é o EmCicla, programa da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) que visa atender a Política Nacional de Resíduos Sólidos — PNRS. Criado em 2018, apoia projetos que promovem desde a educação ambiental para incentivar o descarte correto de resíduos, passando pela assessoria de municípios para a implementação da coleta seletiva inteligente, a gestão sustentável e inclusiva dos resíduos sólidos em cooperativas e associações de catadores de recicláveis, além do atendimento à legislação.

Entre 2018 e 2021, o programa atuou em 13 estados, contribuiu com a reinserção de quase 40 mil embalagens na indústria e impactou cerca de 650 cooperados. Para a coordenadora de sustentabilidade da ABIOVE, Aline Lazzarotto, o EmCicla mostra como o setor de óleos vegetais está comprometido com a logística reversa das embalagens de óleo comestível pós-consumo.

“Nós sabemos e não é de hoje que a infraestrutura do Brasil enfrenta grandes gargalos, e isso impacta diretamente na criação e implementação de projetos e sistemas públicos dedicados à coleta seletiva e à logística reversa. Por isso, a iniciativa privada deve contribuir para preencher esta lacuna. O EmCicla é isso! Um programa da indústria de óleos vegetais pensado na destinação adequada e reinserção das embalagens, na coleta e no descarte corretos dos resíduos, na conscientização da população e na educação ambiental,”, complementa a coordenadora da ABIOVE.

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(Com Assessoria)

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