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Audiência de Silval é remarcada para o dia 20

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Audiência de Silval é remarcada para o dia 20

Caroline De Vita/Casa de Guimarães

Ex-governador do Mato Grosso, Silval Barbosa é um dos principais alvos da chamada Lava Jato pantaneira

O ex-governador de Mato Grosso Silval Barbosa

A audiência do ex-governador Silval da Cunha Barbosa (PMDB), da quarta fase da Operação Sodoma, que deveria acontecer nesta quarta-feira (05) foi remarcada para o próximo dia 20 de julho, quinta-feira. A mudança foi feita porque a juíza Selma Rosane Arruda, da 7ª Vara Criminal, precisa ouvir primeiro os acusados que fizeram colaboração premiada e em seguida os demais réus. Ocorre que um dos colaboradores passa por problemas de saúde. Os demais depoimentos que estavam marcados para esta semana também foram remanejados (veja as datas ao final do texto).

O delator Antônio Rodrigues de Carvalho, sócio da Santorini Empreendimentos e dono do terreno do Jardim Liberdade, deveria ter sido ouvido na última segunda-feira (03). Contudo, ele passou por um procedimento cirúrgico e, segundo sua defesa, só estaria recuperado a partir do dia 17 deste mês.

O reinterrogatório de Silval em outra ação, da segunda fase da Sodoma, marcado para o próximo dia 17 segue mantido. Esta audiência foi marcada a partir da confissão do ex-governador, que teve deixou o Centro de Custódia da Capital e agora está em prisão domiciliar.

Na Sodoma 4, até o momento, foram ouvidas testemunhas e dois réus que firmaram acordos de colaboração premiada: o ex-presidente do Instituto de Terras de Mato Grosso (Intermat) Afonso Dalberto e o ex-secretário-chefe da Casa Civil Pedro Nadaf.

A quarta fase da operação investiga desvios na desapropriação do terreno ocupado pelo bairro Jardim Liberdade, em Cuiabá. A área, de propriedade da Santorini, foi expropriada em 27 de janeiro de 2014 por R$ 31,7 milhões por decreto do governo do Estado. Deste valor, R$ 15,8 milhões teriam retornado ao grupo liderado pelo ex-governador Silval Barbosa por meio da SF Assessoria e Organização de Eventos, uma empresa de fachada. A maior parte dos desvios, R$ 10 milhões, foi utilizada para pagamento de uma dívida de campanha que o ex-governador possuía com o empresário dono de factoring Valdir Piran.

Os R$ 5,8 milhões restantes foram divididos a pedido de Silval entre os demais integrantes com participação na desapropriação: o procurador aposentado Francisco Gomes de Andrade Lima Filho, conhecido como Chico Lima, o ex-secretário de Fazenda Marcel de Cursi, o ex-secretário de Planejamento Arnaldo Alves, o ex-chefe de gabinete Sílvio Corrêa, e Pedro Nadaf. Os valores ainda foram utilizados para pagamentos a outras pessoas, que também estão envolvidas na ação penal.

Chico Lima, Marcel de Cursi e Arnaldo Alves negam participação no esquema. Silval Barbosa e Sílvio Corrêa já confessaram ter atuado na desapropriação e recebido valores. Pedro Nadaf também confessou e fechou acordo de colaboração premiada.

Novas datas de depoimentos da Operação Sodoma 4:
Dia 20 de julho – Antonio Rodrigues Carvalho e Silval da Cunha Barbosa;
Dia 21 de julho – Silvio Cézar Correa Araujo e Alan Ayoub Malouf;
Dia 25 de julho – Levi Machado de Oliveira e Francisco Gomes de Andrade Lima Filho, o “Chico Lima”;
Dia 27 de julho – Arnaldo Alves de Souza Neto e Valdir Agostinho Piran;
Dia 28 de julho – Marcel Souza de Cursi;

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