Análises iniciais envolvendo a morte da advogada Cristiane Castrillon da Fonseca Tirloni, 48 anos, apontam que ela pode ter sido vítima de violência sexual antes de ser encontrada morta, na tarde de ontem (13), dentro de seu carro no Parque das Águas, em Cuiabá.
O principal suspeito de ter cometido o crime é ex-soldado da Polícia Militar, Almir Monteiro dos Alves. A Polícia Civil encontrou os vestígios da morte na casa dele.
“Um crime brutal, um crime bárbaro. Um crime que entra na qualificadora do feminicídio por menosprezar a mulher, discriminação em face feminina. Ele queria o poder. Foi alguma coisa relacionada ali na parte sexual, que não foi consentido, acreditamos (nisso) até pelas provas técnicas, e aí o suspeito veio a cometer o crime brutal”, disse o delegado Ricardo Franco, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
Almir e Cristiane, segundo relatos, se encontraram em um bar na região da Arena Pantanal e foram então para a casa dele. Familiares desconfiaram do sumiço da mulher, encontrando o carro e o corpo dela no Parque das Águas, no final da tarde de domingo (13). Ela chegou a ser levada para um hospital, mas já estava morta.
Ainda segundo o delegado, Almir tentou camuflar as evidências dos crime.
“Ele limpou a casa toda, então a cama ele tirou o edredom, tirou o travesseiro, estava tudo dentro da máquina de lavar, tudo molhado, mas mesmo assim a perícia criminalística, para quem a gente tem que dar os parabéns, com o luminol conseguiu rastrear justamente o sangue na cama, o sangue nos móveis”, disse.
Franco também não descarta a possibilidade dela ter batido a cabeça, pois havia sangue na mobília.
Hoje (14), Almir prestou depoimento na DHPP e, ao ser abordado pela imprensa na porta da delegacia, afirmou que “foi um acidente. Ela bateu a cabeça”.
