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“Amor e ódio”: paulistano que vive em Cuiabá recorda São Paulo, que faz 464 anos

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“Amor e ódio”: paulistano que vive em Cuiabá recorda São Paulo, que faz 464 anos

Alex Silva/Estadão Conteúdo

Poluição ar São Paulo

Fernando: “São Paulo é uma cidade repleta de outras cidades”

“É uma relação de amor e, se não de ódio, pelo menos de conflito”, é assim que o advogado Fernando Henrique Leitão classifica as memórias que tem de São Paulo, sua cidade natal, que ele trocou por Cuiabá em 1999. A capital paulistana faz 464 anos nesta quinta-feira (25).

“São Paulo é uma cidade maravilhosa, mas é preciso aprender a viver nela. Não é uma cidade simples, é uma cidade complexa, que dentro dela engloba várias cidades e várias realidades”, comenta Fernando, que deixou a métropole por questões de segurança. Ele e a família vieram primeiro ao interior de Mato Grosso e depois se mudaram para Cuiabá.

A capital mato-grossense não era a escolha inicial da Família Leitão. Além de fatores pessoais, a fama de cidade abrasante fez com que eles continuassem no interior. “Cuiabá é uma cidade que se deve aprender a gostar”, diz Fernando.

O paulistano não nega sentir saudades de São Paulo, mas afirma que a receptividade cuiabana fez com que ele sentisse mais vontade de ficar do que de desistir. Além disso, o aumento da violência diminuiu a segurança e qualidade de vida na cidade. “Não era assim nos anos 70”, afirma.

“Há uns anos atrás refletindo sobre isso eu percebi que Cuiabá é uma cidade que foi boa comigo mesmo quando eu não fui bom com ela. Mas hoje eu aprendi a gostar, mesmo não poupando às críticas que devem ser feitas aos setores que precisam melhorar”.

Por isso sempre que alguém reclama de Cuiabá e da infraestrutura da cidade muitas vezes precária, Fernando rebate lembrando que, apesar das diferenças com São Paulo serem “abissais”, a capital mato-grossense é muito mais receptiva com aqueles que vêm de fora.

“Cuiabá tem uma cultura secular bastante incrustrada em sua história e no seu dia a dia; é preciso aprender a lidar com ela e é preciso aprender a reconhecer suas vantagens. Até a década de 80 era uma cultura muito fechada que se manteve incólume. Então, as pessoas que vêm de fora sentem um baque muito grande, porque Cuiabá é muito peculiar”, resume ele.

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