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Alemães visitam as matas do Cristalino para estudar Humboldt

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Alemães visitam as matas do Cristalino para estudar Humboldt
Assessoria

Universitários da Alemanha estão na região do Cristalino, em Alta Floresta. Eles estudam a fauna e flora da Amazônia mato-grossense, com foco nos 250 anos do alemão Alexander von Humboldt (1769-1859). A expedição alemã da Universidade de Tübingen, Alemanha, se concentra na Reserva Particular de Patrimônio Natural – RPPN Cristalino, região de Alta Floresta.

O Barão Humboldt  que era geógrafo, cartógrafo e naturalista, estabeleceu conceitos importantes para a geografia moderna e desenvolveu ramos significativos como a geografia climática e humana, a fitogeografia e a geopolítica.

A expedição é coordenada pelo Centro Brasileiro Baden-WürttemberguschesBrasilien-Zentrum der UniversitätTübingen. Fazem parte do grupo, 17 universitários dos cursos de Biologia e Geoecologia, acompanhado do professor, Dr.Rainer Radtke.

Projeto de estudos

Desde 2006, a floresta amazônica mato-grossense é parte do programa de estudos de campo da Universidade de Tübingen. O projeto de estudos envolve além da Amazônia outros ecossistemas como, Pantanal, Cerrado, Mata Atlântica e florestas de Araucárias, no Rio Grande do Sul. Os resultados dos trabalhos são entregues para os parceiros brasileiros, como a organização não governamental de Mato Grosso, Fundação Ecológica Cristalino – FEC.

A coletânea de escritos deixados por Humboldt, ou ‘literatura de viagem’, como é chamada por cientistas, é formada de testemunhos, cujos relatos registraram a realidade das Américas no século XIX.O barão forneceu informações preciosas sobre a América do Sul na sua correspondência científica, contidas nas 35 mil cartas que enviou. A divulgação da obra de Humboldt, a começar pela literatura de viagem, influenciou diversos naturalistas alemães, entre eles Martius, Spix, Burmeister e Rugendas.

Através dos resultados científicos obtidos durante a sua expedição aos trópicos, Humboldt revolucionou a geografia em seu trabalho sobre as Américas equinociais e também colaborou com o desenvolvimento de outras disciplinas como a astronomia, matemática, física, meteorologia, climatologia, oceanografia, química, farmacologia, botânica, zoologia, geologia, mineralogia, vulcanologia, arqueologia, história, sociologia, agronomia, etnologia e medicina.

Príncipe já esteve em MT

Em 2015 a expedição alemã da Universidade de Tübingen esteve nas RPPNs Cristalino, para relembrar os 200 anos da passagem de outro importante naturalista alemão pelo Brasil, o príncipe alemão MaximilianzuWied-Neuwied. Em1815 ele veio ao Brasil com outros naturalistas europeus incentivado na época por Humboldt.

Assessoria

Com 21 universitários alemães, esteve presente no grupo o duque Wilhelm Herzog von Württemberg, de 20 anos, descendente do príncipe Maximilian. A proposta da universidade foi resgatar numa extensa viagem pelos estados de Mato Grosso, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espirito Santo e Bahia o trabalho de descrição de mais de 50 espécies da fauna brasileira realizado por Maximilian. Tudo com base nas percepções registradas nos diários de viagem do príncipe.

Conforme explica o professor Dr Rainer Radtke, “o zoólogo Maximilian foi de grande importância para o processo descritivo de espécies de aves do Brasil”, disse. A expedição visita a RPPN Cristalino por ser uma região considerada de alta biodiversidade de aves, mamíferos e borboletas da Amazônia.

Fundada na Alemanha em 1477, Tübingen é pioneira do curso de Geoecologia, envolvendo conhecimentos em geologia, geografia e biologia. O professor Rainer Radke, explica que Geoecologia é uma ciência que reúne conhecimentos científicos da natureza e estuda novos comportamentos humanos que possam minimizar impactos ambientais. O curso envolve também aulas de Direito Ambiental e Economia.

Rainer é um professor universitário dedicado ao programa que no seu entender, prepara os universitários que realmente tem interesse em pesquisa científica. A cooperação e estudos com universidades e entidades da área de pesquisa vêm desde 1983, mas a amizade entre a Universidade de Tübingen e o Brasil é bem mais antiga.

Segundo Rainer desde 1928 Tübingen e pesquisadores brasileiros trabalham nas áreas de paleontologia e biologia. Em Mato Grosso, a expedição sempre teve o apoio da Fundação Ecológica Cristalino – FEC,existente há 20 anos e pioneira em ações de conservação da biodiversidade na região do rio Cristalino na Amazônia mato-grossense.O Cristalino Lodge, localizado adjacente à RPPN Cristalino, recebe o grupo de estudos e dá apoio às atividades no local.

(Da assessoria)

 

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