De acordo com o Atlas da Federação Mundial da Obesidade, a obesidade pode afetar quase metade da população mundial até 2035. O estudo destaca que exatamente 41% dos seres humanos devem enfrentar problemas de peso, considerados obesos aqueles cujo Índice de Massa Corporal (IMC) está acima de 30 kg/m².
No Brasil, uma pesquisa do Ministério da Saúde realizada em 2021 mostrou que aproximadamente seis em cada dez brasileiros (57,25%) tinham IMC acima de 25, o que os coloca na categoria de sobrepeso. Ao levar em conta a obesidade, a proporção era de 22,35%.
O atlas prevê que o número de adultos obesos no país deve crescer cerca de 3% ao ano até chegar a 41% da faixa etária em 2035, sendo que o crescimento será mais acelerado entre as crianças, de 4,4% a cada 12 meses, até chegar a 27%.
Os problemas com sobrepeso no Brasil podem gerar um impacto de quase R$ 65 milhões ao sistema de saúde, devido ao aumento no risco para diabetes, doenças cardiovasculares e outros problemas de saúde. O atlas estima que as cifras possam chegar a R$ 100 milhões em 2035.
Em comparação com os Estados Unidos e o Reino Unido, a situação brasileira é melhor, com 58% e 46% da população adulta prevista para enfrentar problemas de obesidade, respectivamente, até 2035.
O relatório destaca que nenhum país relatou um declínio na prevalência de obesidade em toda a população e nenhum está a caminho de atingir a meta da Organização Mundial da Saúde (OMS) de zero aumento nos níveis de 2010 até 2025.
No entanto, o atlas tem expectativa de melhora com a introdução de novas recomendações da OMS e ressalta a necessidade de aumentar os esforços para prevenir, controlar e tratar a obesidade ao longo da vida. A ação deve ser decisiva, centrada nas pessoas e integrada para aumentar as chances de prevenir e tratar com sucesso a obesidade.
