A ação das facções criminosas na política virou uma preocupação para o Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT).
A avaliação é que o assédio a candidatos aumente na eleição deste ano por ser uma campanha municipal.
“Não temos nenhum caso concreto ainda, mas em 2022 captamos informações do crime organizado na campanha. Como neste ano a eleição é local e teremos bem mais candidatos, é provável que as tentativas de influência também sejam maiores”, disse o diretor-geral do TRE-MT, Mauro Sérgio Rodrigues Diogo.
Segundo ele, as facções criminosas tentam cooptar os candidatos com financiamento de campanha e compra de votos, por exemplo. Essas ofertas já teriam sido feitas para candidatos a deputados em 2022.
Ainda segundo o diretor-geral, a aproximação aos possíveis aliados ocorrem depois das convenções partidárias, evento do calendário eleitoral em que os candidatos são definidos.
As eleições 2024 seriam mais atraentes para as facções devido ao acesso mais direto aos candidatos, geralmente vinculados aos presidentes de bairros ou outras figuras de influência em áreas menores. O cargo visado por eles é normalmente nas câmaras de vereadores.
“Nós podemos ter mais 14 mil candidatos neste ano, em todo o estado. Alguns deles podem sim ser procurados pelo crime organizado, nós vamos agir para identificar esses vínculos”, disse Mauro Sérgio.
