Dialum
O encontro realizado pelo ICL foi feito para entender os motivos pelos quais o país não cresce
Na prática, a saída para a crise é a desestatização. Mas não só a desestatização da economia. É preciso também desestatizar a mentalidade do brasileiro. Foi assim que os palestrantes convidados pelo Instituto Caminho pela Liberdade (ICL) receitaram o remédio mais simples para o atual cenário da economia e da política brasileira.
O sociólogo Joel Paese, doutor e professor da Universidade Federal de Mato Grosso, apontou para o fato de que a questão do estado está enraizada na mentalidade do brasileiro, o que muitas vezes impede o desenvolvimento do país.
“O Estado é um dos principais agentes pelo qual a sociedade se realiza. Nós, enquanto sociedade, estamos nos estatizando. A primeira coisa a ser desestatizada é a mentalidade das pessoas, a menor dependência das pessoas ao governo passa por uma mudança de mentalidade”, comentou Paese.
Essa pressão chega até o empresariado. É assim também na visão de Pedro Neves, presidente do presidente do Grupo de Líderes Empresariais de Mat Grosso (LIDE-MT). O palestrante falou sobre o desafio de crescer na crise, questionando o motivo pelo qual o Brasil permanece estagnado em relação as grandes economias mundiais.
“Quantos de vocês aqui não tem amigos, que pensam em ingressar no serviço público para ter estabilidade. Isso é rebatido como deveria ser? Essa ideia de bem-estar de um é a corrente de outros. Isto é justo com aqueles que produzem?”, questionou Neves.
“Nós temos uma casta elitizada no serviço público batendo contra o crescimento econômico, o empreendedor chamado de contribuinte é tido quase sempre como louco. Não dá pra continuar como estamos. Eu não estou falando mau do servidor público, eu saúdo aquele que trabalha, mas não encaro aquele que é o provedor de absolutamente nada. A mudança é feita com um trabalho de formiguinha,” finalizou o empresário.