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Você gosta do seu emprego? 27% dos brasileiros não; entenda os motivos

Consultora de Recursos Humanos também deu dicas de como as empresas podem agir para evitar uma alta rotatividade de empregados

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Você gosta do seu emprego? 27% dos brasileiros não; entenda os motivos
Foto de Ruslan Burlaka

A insatisfação com o trabalho e a vontade de trocar de emprego – dentro de um curto prazo – é a realidade de quase um terço (27%) dos brasileiros. Pelo menos é o que aponta uma pesquisa realizada pela consultoria McKinsey & Company, com cerca de 3 mil profissionais.

Os dados, divulgados em reportagem da CNN Brasil, apontam que homens jovens (com idade entre 18 e 35 anos), inclusive os que ocupam cargos de liderança, são os principais exemplos desse grupo: 32% deles pretendem fazer essa troca de emprego dentro dos próximos seis meses.

Qual o motivo de tanta insatisfação?

A reportagem do LIVRE conversou com a psicóloga organizacional (CRP 18/03465) Tenylle Nolasco sobre esse assunto. Mentora e consultora de Recursos Humanos, ela afirma que a explicação está nos anseios de uma nova geração, mais determinada em ter um propósito de vida, do que apenas um emprego que renda um bom salário no fim mês.

“Essa geração valoriza a experiência que ela vive, como ela se sente no ambiente de trabalho, de que forma a empresa transmite seus valores no dia a dia e, também, se isto está alinhado com os seus próprios valores pessoais”, explica Nolasco.

Trata-se de pessoas que não querem simplesmente executar tarefas. Para estes profissionais, o ambiente de trabalho precisa dar espaço para o exercício da criatividade e da inovação.

Foto de PhotoMIX Company

O que precisa mudar nas empresas?

Nolasco afirma que empresas que investem em um ambiente de trabalho organizado e que propicie o crescimento profissional, têm mais chances de reter esses funcionários. Mas não é só isso. É preciso ter bem definido objetivos e uma cultura da qual essas pessoas se sintam parte.

“Melhorar a comunicação interna, investir no treinamento e no desenvolvimento são outros fatores que podem tornar a vivência dentro dessas empresas um diferencial para essas pessoas”, ela cita.

Além disso, a pandemia permitiu que muitos profissionais tivessem o gostinho de uma experiência, antes, não imaginada: o home office. Com isso, o desejo por mais flexibilidade nos horários de expediente também entrou para na lista desses jovens profissionais.

“Um conceito que está em alta é o Employee Experience, que nada mais é que a experiência ou jornada do colaborador”, diz Nolasco, explicando que dentro dele estão estratégias como, por exemplo, “alinhar comportamentos e cargos, o que faz com que os colaboradores trabalhem melhor e mais felizes ao realizarem atividades que são naturais para eles”.

“Costumo dizer que não há organização sem pessoas. Quanto mais os colaboradores estiverem motivados e satisfeitos com a empresa, melhores serão os resultados alcançados”.

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