Política

União Brasil deve eleger Mauro Mendes presidente no meio conflito antecipado de 2024

Eleição do diretório está previsto para domingo (30), e os espaços de alas divergentes estão demarcados

3 minutos de leitura
União Brasil deve eleger Mauro Mendes presidente no meio conflito antecipado de 2024
(Foto:Ednilson Aguiar/ O Livre)

As alas políticas no União Brasil em Mato Grosso marcaram territórios. O conflito de líderes políticos, de olho nas eleições municipais de 2024, já moldaram a eleição da próxima diretoria, marcada para domingo (30). 

O governador Mauro Mendes deve ser eleito presidente, para lidar com as divergências de quem será o escolhido para concorrer a prefeito de Cuiabá. 

Antecipação de estratégias

As rusgas começaram aparecer logo no início do ano. O deputado estadual Eduardo Botelho e o deputado federal Fábio Garcia são os adversários na campanha precoce (por enquanto, mais dentro do partido) pela vaga. 

As buscas por mais espaços tiveram defesa de pesquisas como critério de escolha, oferta de cargo vitalício no Tribunal de Contas do Estado (TCE) e a influência de cada em seus grupos mais próximos. 

Os quatro deputados estaduais tendem para Botelho; o governador Mauro Mendes está mais para Fábio Garcia. O prestígio de Botelho está na quantidade de votos recebidos na eleição do ano passado, na Baixada Cuiabana, e pelo cargo de presidente da Assembleia Legislativa; o de Garcia, no posto de presidente do partido, desde antes da fusão entre DEM e PSL, e na relação com Mauro. 

Influência no diretório

O peso de cada um no novo diretório poderá definir o escolhido a candidato. Os deputados estaduais exigiram algumas contrapartes para a eleição de Mauro Mendes à presidência. 

“A bancada exigiu que o novo diretório, que será eleito no domingo, tenha, pelo menos, a metade de seus membros indicados pelos deputados estaduais. Havia um desentendimento muito grande [sobre o prazo para eleição do diretório]”, disse Júlio Campos. 

Campos foi um dos filiados que mais reclamou sobre a votação para os cargos de comando. Segunde ele, além do estouro do prazo dado pela direção nacional do partido, boa tarde dos membros não teria sido informada do processo.

A eleição do próximo domingo ocorreria apenas entre 22 diretórios municipais, de onde poderão surgir candidatos à reeleição. 

Pressão por espaço

A irritação dos deputados estaduais levou a um acordo entre si de desfiliação ao mesmo tempo. Júlio Campos, Eduardo Botelho, Dilmar Dal Bosco e Sebastião Rezende estavam na lista. 

Eles se reuniram ontem (27) à noite com o alto comando do diretório para apaziguar os ânimos. Todos foram com a carta de desligamento pronta, no bolso. Se não chegassem ao consenso, o União perderia todos os seus representantes na Assembleia Legislativa. 

A pressão funcionou. Júlio disse que, fora as indicações à mesa do diretório, eles receberam a garantia de que poderão sair do partido no ano que vem, sem qualquer punição, se a escolha do candidato a prefeito não ficar ao gosto. 

Os futuros diretores vão ficar no cargo por um ano. Neste período, eles deverão organizar o partido nas demais cidades em sem diretório e abrir a eleição para os filiados no estado inteiro.  Até lá, as articulações para a campanha de prefeitos e vereadores estarão praticamente definidas. 

O União Brasil é o maior partido de Mato Grosso. O partido está no governo, no comando da Assembleia Legislativa, com uma das maiores bancadas e a maior concentração das prefeituras.

Use este espaço apenas para a comunicação de erros




Como você se sentiu com essa matéria?
Indignado
0
Indignado
Indiferente
0
Indiferente
Feliz
0
Feliz
Surpreso
0
Surpreso
Triste
0
Triste
Inspirado
0
Inspirado

Principais Manchetes