A reitoria da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) disse que vai precisar abrir negociação com empresas fornecedoras de serviços básicos para manter o funcionamento dos campi. O corte no repasse do Ministério da Educação (MEC) em dezembro poderá afetar a quitação das contas de água e luz, por exemplo.
A UFMT recebe cerca de R$ 23 milhões ao mês para a manutenção das atividades.
O reitor Evandro Soares da Silva diz que a instituição tem R$ 5 mil em caixa para cobrir as despesas de bolsistas, e o pagamento dos auxílios custaria cerca de R$ 1 milhão.
Ele cita também impacto nos serviços de segurança, telefone/internet e do RU (Restaurante Universitário).
“Em dezembro, o MEC repassou apenas 30% daquilo que é devido à UFMT. Isso nunca aconteceu antes, faltando um mês para terminar o ano e falta financeiro para terminar o exercício”, afirmou.
Segundo o reitor, o Ministério da Economia ainda não deu previsão de quando irá fazer transferência da parcela de dezembro do orçamento da universidade. Pelo momento, se acumularia atrasos parciais de novembro e dezembro.
A reitoria não informou se o salário dos professores e demais servidores e obras vinculadas à gestão da instituição vão ser afetadas pelo corte. Nessa quinta-feira (8), a UFMT anunciou que o governo federal liberou parte do dinheiro para repassar as bolsas de estudo. Porém, a instituição não informou quanto de dinheiro vai receber nem quantas mensalidades vão ser quitadas.
No corte anterior, em maio passado, o orçamento foi atingido com R$ 13,7 milhões, o que equivaleu a 21% das despesas mensais.