Fevereiro de 2018. Este é o prazo dado pelo governador Pedro Taques (PSDB) para a conclusão das obras da estrutura física do novo Pronto Socorro de Cuiabá. Ele se reuniu com o prefeito da capital Emanuel Pinheiro (PMDB) na tarde desta quinta-feira (23) para discutir um cronograma de repasses e de andamento da obra, além de outras pautas.
A reunião marcou o segundo encontro entre os dois gestores depois das eleições de 2016, quando Taques apoiou o opositor de Emanuel à prefeitura, Wilson Santos (PSDB). O prefeito falou em um “pacto por Cuiabá”, enquanto o governador afirmou que não pretende deixar a “politicalha” interferir no andamento da obra. “Há 31 anos não se constrói um hospital público em Cuiabá”, lembrou.
O hospital, planejado para oferecer 315 leitos, é construído em parceria entre a prefeitura de Cuiabá e o governo do Estado. “A ideia é que possamos trabalhar em paralelo com esse cronograma de desembolso do Estado, e contar ainda os recursos do Ministério Público Estadual (MPE) e da bancada federal de Mato Grosso, que virão para equipar o hospital”, disse Taques.
Do governo estadual, serão repassados R$ 50 milhões, dos quais R$ 15 milhões já foram pagos. À prefeitura cabe investir R$ 35 milhões e outros R$ 17 milhões serão repassados pelo MPE (recursos obtidos por meio de Termos de Ajustamento de Conduta firmados pelo órgão). De acordo com Emanuel Pinheiro, o dinheiro da promotoria será usadao especificamente na aquisição de equipamentos, como condicionadores de ar.
Os repasses do governo à prefeitura haviam sido reduzidos nos meses de janeiro e fevereiro em razão das dificuldades financeiras enfrentadas pelo governo do Estado. “Mato Grosso está passando por uma crise de fluxo de caixa, e isso o prefeito entendeu. A saúde para nós é prioridade”, disse Taques. “A partir de março está tudo certo”, arrematou.
Segundo ele, as obras não estão paradas: o que houve foi uma redução do contingente de trabalhadores devido ao período de chuvas. “Quem sabe uma oração a São Pedro poderia resolver”, disse Taques, que não fixou data para o próximo pagamento.
Segundo ele, quase 45% do atendimento realizado na rede pública de saúde da capital é composto por pacientes do interior do Estado.“Esse hospital não vai atender só as pessoas que moram em Cuiabá, vai atender a população do vale do rio Cuiabá”, disse.