Crônicas Policiais

Suplente de vereador de Cuiabá é preso ao depor sobre desaparecimento de empregado

A prisão está ligada a uma ação de disputa de terras; mas, segundo a PJC, o suplente também é investigado pelo possível homicídio do empregado

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Suplente de vereador de Cuiabá é preso ao depor sobre desaparecimento de empregado
(Foto: reprodução / Facebook)

O advogado e suplente de vereador de Cuiabá Licínio Vieira de Almeida Júnior, 34 anos, foi preso preventivamente pela Polícia Civil ontem (13), na Capital, em cumprimento a um mandado da 2ª Vara Criminal da Comarca de São Félix do Araguaia, em uma ação envolvendo esbulho possessório e conflito agrário ocorridos em Luciara (1.051 km de de Cuiabá).

Licínio foi preso por equipes da Gerência de Polinter e da Delegacia Especializada de de Homicídio e Proteção à Pessoa de Cuiabá (DHPP).

Ele foi intimado a ser ouvido nesta terça-feira no Núcleo de Pessoas Desaparecidas em um procedimento investigativo aberto para apurar o desaparecimento de Gérson Alexandrino da Silva, de 51 anos, contratado no mês de maio pelo advogado para trabalhar em duas fazendas dele, no município de Luciara, em serviços gerais e de limpeza de áreas da propriedade.

O morador de Cuiabá desapareceu no início deste mês, na zona rural de Luciara. Os companheiros que foram contratados junto com ele e familiares do desaparecido já foram ouvidos na DHPP, em Cuiabá.

Segundo a Polícia Civil, o advogado também é investigado pelo possível homicídio do empregado.

Após o cumprimento da ordem judicial, o advogado foi levado à Polinter para os procedimentos de praxe, sendo acionado o Tribunal de Defesa de Prerrogativas da OAB-MT.

Desaparecimento do trabalhador

Gérson saiu de Cuiabá, na segunda quinzena de maio, e foi com mais duas pessoas, todas conhecidas de muitos anos e moradores do mesmo bairro, em Cuiabá, chamadas pelo advogado para trabalhar nas fazendas dele na região nordeste do estado com a limpeza de áreas e com trator.

Dois trabalhadores contratados informalmente junto com Gérson foram ouvidos em depoimento no NPD e alegaram que no dia 30 de maio foram chamados para auxiliar o advogado a desatolar um veículo na estrada, que seguia sentido à cidade de Confresa. Depois, retornaram à sede de uma das fazendas para buscar pertences do advogado e visitantes. Gérson havia ficado na propriedade e teria sido encontrado, aparentemente, embriagado.

Após auxiliarem os visitantes do advogado com o veículo na estrada, os dois trabalhadores, conforme consta em depoimento, disseram que retornaram à fazenda, na manhã do dia 1º de junho, e não mais encontraram Gérson.

Na hora, os dois colegas do desaparecido não deram muita atenção ao fato, pois pensaram que ele poderia estar pela propriedade. Na tarde, começaram a procurá-lo e viram que seus pertences não estavam no quarto. Após buscas a pé e de moto em toda a região da fazenda, que é uma área de varjão com capim alto, não conseguiram encontrá-lo.

Conforme a apuração preliminar do NPD, a versão apresentada pelos colegas da vítima não apresenta credibilidade, uma vez que, mesmo dizendo que Gérson não foi encontrado na propriedade, nenhum deles chegou a registrar qualquer boletim em unidade policial da região para que diligências pudessem ser feitas a fim de localizá-lo. Somente quando retornaram a Cuiabá, os dois colegas da vítima avisaram a família de Gérson sobre o desaparecimento dele.

Uma irmã da vítima procurou a 1ª Delegacia de Cuiabá e registrou a ocorrência, que foi encaminhada para apuração ao NPD, da Delegacia de Homicídios.

(Com Assessoria)

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