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Supermaconha, Skunk é droga cara e tem ganhado mais espaço em MT

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Supermaconha, Skunk é droga cara e tem ganhado mais espaço em MT
(Foto:Ednilson Aguiar/ O Livre)

Uma droga cada vez mais conhecida no país ganhou repercussão em Mato Grosso depois que a Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) da Polícia Civil fez, nesta semana, a maior apreensão de carga do entorpecente em todo o estado. Trata-se da Skunk, também conhecida como supermaconha. Segundo o delegado titular da DRE, Vitor Hugo Teixeira, a droga já tem ganhado espaço em Mato Grosso.

Apesar de ser originada de uma mistura entre variações da Cannabis, a Skunk é uma droga muito mais potente e que tem “conquistado” os jovens. Isso acontece porque ela apresenta um THC – tetra-hidro-canabinol, principal componente ativo da maconha – muito mais elevado, o que potencializa os efeitos da droga.

(Foto:Ednilson Aguiar/ O Livre)

É em busca dos efeitos de “psicose”, causados pela Skunk, que a droga tem sido cada vez mais procurada, segundo explicou o delegado Vitor Teixeira ao LIVRE. “Infelizmente, hoje os jovens já procuram as drogas mais potentes”, disse.

Por ter um efeito mais nocivo e duradouro, a Skunk também tem um custo mais elevado que as outras drogas “populares”. Isso porque ela também é considerada como um entorpecente mais “puro”. Ainda assim, o custo varia conforme a qualidade do material.

“Eles separam já na cor da embalagem para identificar as que são mais potentes e é isso que influencia”, explicou Teixeira. “Um tablete normal [de maconha], por exemplo, que eles compram por R$ 1 mil, eles vendem aqui por R$ 10 mil. Já a supermaconha eles devem comprar por uns R$ 4 mil lá e vender aqui por muito mais caro. Ela é muito diferente, embalada a vácuo”.

O custo elevado da Skunk também direciona o público que a consome. Embora as drogas já estejam impregnadas na sociedade, em todos os níveis sociais, há uma tendência da elite ser o alvo primário da supermaconha.

Foto: Divulgação – DRE e PRF apreendem 700 kg de Skunk e maconha

“Por ela ser mais cara, não é qualquer pessoa que faz o uso da droga, que é mais elitizada. Mas você vê pessoas pobres utilizando a pasta base, mas você também vê a elite utilizando a maconha e a cocaína, que é um material refinado e mais caro. Tem o LSD, que você também tem nas baladas cuiabanas, e o MDMA. Essas drogas sintéticas, a gente vê uma crescente, principalmente nas baladas, que o pessoal está consumindo bastante”, observou.

Segundo o delegado, a polícia já havia notado a entrada da Skunk em Mato Grosso, mas nunca houve um carregamento tão grande quanto o apreendido na terça-feira (24). Ele explicou que a apreensão mais comum é em cigarros ou porções pequenas. Disse ainda que a tendência é que se aumente o número de apreensões, tanto pela intensificação dos trabalhos de fiscalização quanto pelo período de produção de drogas no exterior.

“A maconha comum é, sem dúvidas, nossa maior quantidade de apreensão, porque ela é uma droga mais barata e popular. Ela vem de Mato Grosso do Sul, porque é produzida no Paraguai. Já a cocaína vem da Bolívia. Agora nós estamos em momento de produção lá no Paraguai, que vai de maio até o final de setembro, outubro, por isso tem apreensão maior”, finalizou.

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