Quase um em cada quatro indivíduos em todo o mundo relatou sentir muita ou bastante solidão. O percentual representam mais de meio bilhão de pessoas. No entanto, o número podem ser ainda maiores, já que a pesquisa não incluiu o segundo país mais populoso do mundo, a China.
Os dados são de uma pesquisa abrangente realizada em mais de 140 países pela Meta-Gallup. Conforme os resultados, o sentimento não afeta todas as faixas etárias da mesma forma. Enquanto 27% dos adultos jovens entre 19 e 29 anos se sentem intensamente solitários, apenas 17% dos idosos com 65 anos ou mais relatam o mesmo sentimento.
Surpreendentemente, apesar de muitos programas de combate à solidão se concentrarem nos idosos, a maioria das pessoas com 45 anos ou mais não se sente solitária. Em contrapartida, menos da metade dos mais jovens do que essa faixa etária expressa sentimentos de solidão.
Equivalência de gênero da solidão
Os dados mostram que homens e mulheres enfrentam a solidão em proporções quase idênticas. Sendo assim, 24% de ambos os sexos relatando sentir-se muito ou bastante solitários. Entretanto, embora em muitos países não haja diferença de gênero na prevalência da solidão, lacunas substanciais de gênero foram identificadas em determinadas regiões. Sendo assim, houve mais países relatando taxas mais altas de solidão autorrelatada entre as mulheres do que entre os homens.
Enquanto 49% das pessoas afirmaram não se sentirem solitárias, os números ressaltam a extensão do problema no mundo. Estudos indicam que essa condição está associada a um risco elevado de uma variedade de condições de saúde. Os impactos podem ser tanto físicas quanto mentais, destacando a necessidade premente de pesquisas e ações para enfrentar esse desafio global.
Por que enfrentar o problema?
A compreensão das disparidades na experiência da solidão em todo o mundo é fundamental para o desenvolvimento de estratégias eficazes de mitigação e para o aprimoramento do bem-estar social em comunidades em todo o mundo. O próximo relatório sobre o Estado Global das Conexões Sociais promete revelar mais informações sobre como a solidão difere entre os países e como as taxas de conexão social podem fornecer uma perspectiva mais abrangente sobre esse fenômeno complexo.