Principal

Sob expectativa de confissão, Silval tem depoimento adiado

4 minutos de leitura
Sob expectativa de confissão, Silval tem depoimento adiado

Ednilson Aguiar/O Livre

Silval Barbosa_140217

O ex-governador Silval Barbosa em audiência na 7ª Vara Criminal de Cuiabá

A audiência do ex-governador Silval Barbosa (PMDB) na quarta fase da Operação Sodoma foi adiada para o dia 05 de julho. Ele seria ouvido nesta quinta-feira, 18, mas o depoimento foi remarcado devido a uma licença médica da juíza responsável pela 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Selma Rosane Arruda. Silval já afirmou que deverá confessar ao menos parte dos crimes que praticou quando esteve à frente do governo do Estado.

Também estão na ‘fila’ para ser ouvidos os ex-secretários Pedro Nadaf, Arnaldo Alves e Marcel de Cursi, o ex-presidente do Intermat Afonso Dalberto, o procurador aposentado Chico Lima, o dono de factoring Valdir Piran e o empresário Alan Malouf, entre outros. Todos serão ouvidos em julho (veja no final do texto a agenda de audiências).

O juiz Jorge Tadeu Rodrigues havia sido designado para realizar as audiências de Afonso Dalberto e de Antonio Rodrigues Carvalho, dono do terreno do Jardim Liberdade, nesta terça, 16. Contudo, ele se considerou impedido devido ao número de processos que julga na 2ª Vara Criminal: somente no dia de hoje eram 35.

Ele decidiu também que a audiência realizada no último dia 5, sob tutela do juiz Jurandir Florêncio, deverá ser realizada novamente. Florêncio cancelou os atos realizados por ele naquela data por se considerar suspeito para julgar a ação. Seu irmão, o advogado Hugo Florêncio de Castilho, atuar na defesa de Afonso Dalberto.

Assim, o procurador Alexandre César deverá ser ouvido novamente, e o atual secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano de Cuiabá, Juares Samaniego, também deverá ser ouvido na mesma audiência a ser realizada na sexta-feira, 19. Ambos são testemunhas no caso.

O magistrado Jorge Rodrigues ainda determinou que todas as provas produzidas nesta ação da Sodoma sejam compartilhadas com a Procuradoria Geral da Justiça, do Ministério Público Estadual. Elas serão utilizadas na instrução de um inquérito civil que irá apurar os danos aos cofres públicos cometidos com a desapropriação do terreno do Jardim Liberdade.

Sodoma
A quarta fase da Operação Sodoma apura desvios realizados na desapropriação do terreno do bairro Jardim Liberdade, no Cinturão Verde de Cuiabá. O terreno foi vendido pela Santorini Empreendimentos Imobiliários ao Estado por R$ 31,7 milhões e metade deste valor teria sido repassado a um grupo liderado pelo ex-governador Silval Barbosa por meio da SF Assessoria e Organização de Eventos, uma empresa de fachada pertencente a Filinto Muller.

Dos R$ 15,8 milhões repassados ao grupo, R$ 10 milhões teriam sido direcionados ao ex-governador para pagar uma dívida com o dono de factoring Valdir Piran. O restante, R$ 5,8 milhões, foram divididos entre os demais participantes do esquema: os ex-secretários, Pedro Nadaf, Marcel De Cursi e Arnaldo Alves de Souza Neto, o ex-presidente do Intermat Afonso Dalberto, além do procurador aposentado Francisco de Andrade Lima Filho, o Chico Lima.

Veja as datas das audiências que foram remarcadas:

03 de julho – segunda-feira
Afonso Dalberto e Antonio Rodrigues Carvalho

04 de julho – terça-feira
João Justino Paes de Barros e Pedro Jamil Nadaf

05 de julho – quarta-feira
Silval da Cunha Barbosa e Silvio Cézar Correa Araújo

06 de julho – quinta-feira
Alan Ayoub Malouf e Levi Machado de Oliveira

07 de julho – sexta-feira
Francisco Gomes de Andrade Lima Filho e Arnaldo Alves de Souza Neto

10 de julho – segunda-feira
Valdir Agostinho Piran e Marcel Souza de Cursi

Use este espaço apenas para a comunicação de erros




Como você se sentiu com essa matéria?
Indignado
0
Indignado
Indiferente
0
Indiferente
Feliz
0
Feliz
Surpreso
0
Surpreso
Triste
0
Triste
Inspirado
0
Inspirado

Principais Manchetes