Dirigente do PMDB de Mato Grosso há pelo menos três décadas, Carlos Bezerra foi preso político durante o regime militar, condição que faz questão de exaltar na sua biografia, e já ocupou quase todos os cargos eletivos: deputado estadual, prefeito, senador, governador e deputado federal.
Quando se imaginava que Bezerra caminhava para o último mandato na Câmara Federal e o fim da carreira política, as eleições de 2016 deram um novo fôlego político ao peemedebista, aliada à crise econômica no país que acabou afetando a política administrativa da gestão de Mato Grosso, comandada pelo adversário do peemedebista, Pedro Taques (PSDB).
No meio deste caminho, o amigo e correligionário de Bezerra, o vice-presidente Michel Temer (PMDB) assume a presidência da República, garantindo ao parlamentar mato-grossense sobrevida política.
1 – Veterano
Artes sobre fotos de Edinilson Aguiar/O LIVRE
O político mais velho com mandato eletivo no Congresso Nacional de Mato Grosso, Carlos Bezerra, 75 anos, mostra que a experiência e a amizade somam às articulações políticas.
2 – Amigo do homem
O velho cacique peemedebista, além de liderar o grupo de oposição, tem uma relação próxima com o presidente da República, Michel Temer (PMDB), facilitando várias conversas e novas filiações, visando o processo eleitoral de 2018.
3 – Duro na queda
Bezerra passou a se reerguer no cenário estadual, após a derrocada do seu grupo político em 2015, com a chegada do presidente Temer em 2016 ao comando do país e a vitória do correligionário Emanuel Pinheiro à Prefeitura de Cuiabá.
4 – Articulado
Com o vácuo no cenário político estadual, Bezerra se aproximou, inclusive, de ex-adversários, como o senador Wellington Fagundes (PR), visando uma composição para a Eleição 2018.
5 – Bom de briga
Bezerra, nesta segunda-feira (13), reuniu lideranças do PR e PTB e do PP para marcar posição frente a gestão estadual, de quem ele não esconde a sua postura política contrária, mesmo após a prisão do ex-governador Silval Barbosa (PMDB).
6- Arquivo vivo