Os senadores de Mato Grosso devem seguir seus partidos na votação ao ministro Flávio Dino para o Supremo Tribunal Federal (STF). Porém, os votos tendem a ser diferentes.
O senador Wellington Fagundes disse hoje (1º) que o PL (Partido Liberal) tem “forte resistência” à aprovação de Dino, apesar de ver que a influência do governo deve prevalecer no placar.
“O PL já tem posição muito forte é que de votar contra o nome de Dino. Na história do Supremo Tribunal Federal, me aparece que um ou dois [candidatos] foram rejeitos [em sabatina no Senado]. Vivemos um presidencialismo, que no Brasil o presidente tem força até maior que um rei”, disse.
Wellington disse não ver problema no aspecto político no eventual exercício do cargo por Flávio Dino. É o ponto de maior atrito entre a base e a oposição ao governo Lula. Wellington disse que Dino tem carreira jurídica e o lado político “não é crime”.
O senador Jayme Campos (União Brasil) negou em entrevista à TV Vila Real que seu voto na sabatina já esteja definido a favor de Flávio Dino. Ele também disse que decisão sairá da conversa entre os 9 senadores do União Brasil.
“Quem está dizendo isso está querendo me difamar, já pensando em 2026. O Flávio Dino nunca me procurou para pedir voto e eu nunca declarei que irei votar nele”, disse.
Na visita do ministro a Cuiabá em outubro, Jayme disse que o ministro seria “um bom candidato” ao Supremo. Na mesma fala, ele defendeu que os indicados ao Supremo tivessem também um perfil político, para “aproximar o Judiciário da população”.
O União Brasil faz parte do time de ministros do governo Lula. Outro na lista é o PSD (Partido Social Democrata) do senador e ministro da Agricultura, Carlos Fávaro. A tendência é que Fávaro, ou a sua primeira suplente Margareth Buzzetti (PSD) aprovem a indicação de Lula.