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Senado da Flórida aprova professores armados. Policiais apoiam!

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Senado da Flórida aprova professores armados. Policiais apoiam!

O Senado da Flórida aprovou o projeto de lei que permite que professores portem armas de fogo nos colégios, mas para isso deverão participar de um curso de cem horas para habilitação e passar por testes psicológicos. O projeto de lei começou a tramitar logo após o ataque a uma escola de Parkland, onde um segurança desarmado tentou impedir o assassino, salvou incontáveis vidas, mas acabou morrendo heroicamente.

Em fevereiro de 2018 escrevi um texto sobre esse caso, onde defendo a ideia – mesmo antes de virar um projeto de lei – de que manter as escolas como Gun Free Zones era um convite aos massacres. Abaixo a íntegra do artigo, incluindo uma pesquisa com quinze mil policiais, em que 81% aprovam tal medida e reconhecem que a polícia não é e não pode ser onipresente, que a lei impede a defesa, mas não passa nem perto de impedir que malucos de toda a sorte a desobedeçam.

O massacre de Parkland, o herói americano e os estudiosos que não estudam.

Sempre que um massacre acontece nos Estados Unidos, os vampiros desarmamentistas correm para se esbaldar em sangue inocente. Não seria diferente desta vez, com o ataque à escola em Parkland, na Flórida. O maior problema, claro, é que a maioria sai dizendo o que lhe vem à cabeça, sem saber nem o mínimo detalhe do caso. Foi exatamente o que fez Marco Antonio Villa, comentarista da rádio Jovem Pan que, para não variar: atacou a extrema-direita, Bolsonaro e Olavo de Carvalho, mas covardemente o fez sem citar nomes. Defendeu, ao que parece, um “Estado forte” e o monopólio da força nas mãos do Estado. O historiador – estudioso que não estuda – deve desconhecer que isso, sim, é o princípio básico do fascismo e deveria, no mínimo, ler o imprescindível Hitler e o Desarmamento, de autoria de Stephen P. Halbrook.

Mais de 200 escolas no Texas possuem funcionários armados desde 2013. Nenhuma ocorrência grave foi registrada.

Já escrevi e falei muito sobre tais ataques e não vou repetir tudo novamente. Deixo ao final deste texto uma coleção de artigos sobre o assunto, com informações preciosas e absolutamente necessárias para o entendimento correto desse assunto. Nesta confusão toda, com todo tipo de informação não confirmada tomando conta dos noticiários, um nome me chamou a atenção: Aaron Feis!

Aaron Feis era treinador de futebol americano e segurança privado. Sem outra alternativa de confrontar o agressor – afinal escolas são Gun Free Zones – colocou-se na frente do assassino, criando uma barreira para proteger os alunos da escola. Recebeu diversos disparos e faleceu enquanto seus protegidos fugiam. Segundos preciosos, vidas salvas ao custo da sua própria. Mas não posso deixar de pensar: e se ele estivesse armado? Não tenho a menor dúvida de que, quem tem a coragem de renunciar à sua vida pela dos outros, não pensaria duas vezes em confrontar armado o psicopata. Despindo-se de utopias e ideologias, ninguém teria coragem de não reconhecer que essa seria a única forma de parar o ataque letal.

Não é sem motivo que, de acordo com a pesquisa Gun Policy & Law Enforcement, realizada com quinze mil policiais, mais de 81% se mostraram favoráveis a treinar e armar professores, seguranças e outros profissionais nas escolas. Resultado nada surpreendente para quem reconhece o óbvio, ou seja, a polícia não é e nunca será onipresente, e os malucos de plantão buscam atacar exatamente locais onde sabidamente não serão confrontados.

Nessa mesma pesquisa, 91% dos policiais apoiam que o cidadão porte armas para sua defesa e 86% acreditam que tragédias como as ocorridas em Newtown e Aurora, por exemplo, poderiam ter sido evitadas ou minimizadas se houvesse nos locais um cidadão armado e treinado.

Provavelmente você nunca ouviu falar nessa pesquisa por aqui e nem vai, afinal vivemos no país do “nunca reaja”, onde até um comandante-geral de Polícia Militar é assaltado e declara: “Não reagi, porque não se deve reagir a assaltos. É essa a orientação que passamos à população”. Desculpem o termo, mas é muita bundamolice! E o criminoso, o psicopata, o facínora segue justificado e pensando ter o direito de matar quem ousa desafiá-lo.

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Bene Barbosa é especialista em segurança, escritor, presidente do Movimento Viva Brasil, palestrante, autor do best-seller Mentiram Para Mim Sobre o Desarmamento, Instrutor de Armamento e Tiro do Curso Básico de Armamento e Tiro do Projeto Policial.

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